Itaipu atinge metas mesmo com estiagem

Redação com Itaipu – 30.12.2020 – Mesmo num ano difícil para o setor elétrico brasileiro, marcado por uma estiagem contínua que rebaixou a maioria dos reservatórios das hidrelétricas, e influenciado também por restrições impostas pela pandemia, a usina de Itaipu vai fechar 2020 com uma produção capaz de atender a chamada Energia Vinculada, a potência […]

Por Redação

em 30 de Dezembro de 2020

Redação com Itaipu – 30.12.2020 –

Mesmo num ano difícil para o setor elétrico brasileiro, marcado por uma estiagem contínua que rebaixou a maioria dos reservatórios das hidrelétricas, e influenciado também por restrições impostas pela pandemia, a usina de Itaipu vai fechar 2020 com uma produção capaz de atender a chamada Energia Vinculada, a potência contratada pelo Brasil e o Paraguai. E isso graças à elevada produtividade da usina binacional.

A baixa afluência do reservatório fez com que Itaipu tivesse que fazer mais com menos: mais kilowatts-hora por metro cúbico de água que passa pelas turbinas. O resultado é que, por três vezes em 2020, Itaipu bateu recordes históricos de produtividade.

Com isso, mesmo frente às adversidades do pior ano em regime hidrológico desde 1995, Itaipu atingiu no dia 27 a marca de 75.647.808 megawatts-hora (MWh) de suprimento. O valor corresponde à chamada energia vinculada, que a usina é obrigada, por contratos, a produzir anualmente, e cuja tarifa permite à empresa pagar todas as suas despesas e compromissos.

Essa quantidade de energia contratada é calculada com base nas vazões históricas do Rio Paraná, e está associada aos menores valores registrados. Isto é, quando foram estabelecidos os contratos, foi pensada a produção mínima que Itaipu poderia atender, mesmo numa situação de seca contínua como a enfrentada ao longo de 2020.

A longa estiagem obrigou Itaipu a gerar uma quantidade menor que suas médias anuais, que por muitos anos se posicionaram acima de 90 milhões de MWh anuais. Mesmo assim, a quantidade é impressionante. Os 75,6 milhões de MWh da energia vinculada seriam suficientes para atender:

O mundo por 29 horas;

O Brasil por 1 mês e 27 dias;

A cidade de São Paulo por 2 anos e 9 meses;

O Paraguai por 5 anos e 3 meses;

O estado do Paraná por 2 ano e 4 meses; ou

Por um ano, 130 cidades do porte de Foz do Iguaçu.

Para produzir a energia contratual, Itaipu superou metas e atuou de forma a garantir que as unidades geradoras estivessem disponíveis o maior tempo possível. O comprometimento dos profissionais de operação, manutenção e hidrologia foi fundamental para esse desempenho.

Foi assim que, em 2020, o índice de disponibilidade das unidades geradoras está em 97,04% – superior à meta da área técnica da usina, que é 94%. Já o índice de indisponibilidade forçada, que mostra quando as unidades geradoras estão paradas por falhas técnicas ou humanas, está em apenas 0,08%, quando a referência de valor para a área técnica é que seja inferior a 0,5%.

Outro ponto a ser destacado é que, mesmo com toda a dificuldade que a pandemia trouxe, o “Backlog” (tempo necessário para execução de todas as manutenções pendentes nos equipamentos da usina) permaneceu dentro dos níveis normais, ou seja, as equipes de manutenção otimizaram e refizeram o planejamento das atividades tendo como resultado um plano preventivo rigorosamente em dia, executando todas as manutenções previstas no ano de 2020.