Vendas de cimento crescem 10,5% em janeiro, mas não convencem

Redação – 09.02.2021 – Setor comemora, mas pondera que que a base de comparação é janeiro de 2020, que foi muito ruim, e alerta para a baixa confiança do consumidor, da construção e dos empresários para os próximos meses. Em janeiro, as vendas de cimento no Brasil ultrapassaram 5 milhões de toneladas, o que representa […]

Por Redação

em 9 de Fevereiro de 2021

Redação – 09.02.2021 –

Setor comemora, mas pondera que que a base de comparação é janeiro de 2020, que foi muito ruim, e alerta para a baixa confiança do consumidor, da construção e dos empresários para os próximos meses.

Em janeiro, as vendas de cimento no Brasil ultrapassaram 5 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 10,5% em relação ao mesmo mês de 2020, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Por dia útil do mês, foram vendidas 223,6 mil toneladas e esse volume é 17,5% maior do que o vendido por dia útil de janeiro do ano passado. Para o Snic, o crescimento é resultado das condições climáticas favoráveis de maneira geral, da manutenção das obras imobiliárias e das últimas liberações do auxílio emergencial, que apoiaram a autoconstrução.

O resultado do mercado de cimento, contudo, não anima o setor que enxerga incerteza balizada na piora dos índices de confiança. A Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, apurou queda nos índices de confiança do consumidor – que sem o suporte dos benefícios emergenciais continuam postergando consumo e dependendo da recuperação do mercado de trabalho. Ela também demonstrou que a construção e os empresários, igualmente mantiveram a trajetória de queda de confiança, dada a incerteza com relação à evolução da pandemia e, consequentemente, da economia brasileira.

“A expectativa é de que o baixo desempenho do primeiro quadrimestre do ano passado seja uma referência sobre o qual tenhamos resultados mais vigorosos até abril deste ano. O grande desafio do setor do cimento em 2021 será superar a performance alcançada a partir de maio de 2020, responsável por nos trazer de volta ao patamar de comercialização de 60 milhões de toneladas, equivalente as vendas anualizadas em meados de 2016”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.