Redação – 09.03.2021 –
Setor comemora sequência de bons resultados e teme que a alta global das commodities prejudique os preços e o desempenho do setor nos próximos meses.
Em fevereiro, foram vendidas 4,7 milhões de toneladas de cimento. O volume é 14% superior ao registrado no mesmo mês de 2020. Para o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic) que mede o desempenho do setor, o resultado é consequência da continuidade das obras imobiliárias – maior consumidor do insumo – e também da autoconstrução, que desde o início da pandemia vem ganhando relevância entre os mercados consumidores de insumos da construção.
O Snic também mede as vendas por dia útil, índice que ele considera mais fiel para demonstrar o desempenho do setor. Nesse caso, o crescimento foi de 5,4%, sendo que em cada dia útil de fevereiro foram vendidas 234 mil toneladas de cimento.
Para o presidente da entidade, Paulo Camilo Penna, há hoje uma realidade global e brasileira de majoração nos preços das commodities. Isso afeta o setor cimenteiro, insumo que leva cerca de 40% de calcário em sua composição. Ele também alerta para a variação cambial, que vem pressionando fortemente os custos não só do insumo, mas também da indústria em geral. “A forte pressão no preço das commodities está afetando o mundo e no Brasil a situação se agrava em razão da acentuada desvalorização do real. Desta forma, a indústria nacional e do cimento, em particular, vêm enfrentando aumentos expressivos nos custos de produção. Mais do que nunca é fundamental acelerar a vacinação em massa e as reformas, principalmente, a tributária”, diz.