Redação – 16.01.2021 –
Localizado no litoral do Paraná, instalação estima ganhos de produtividade superiores a 40% para os exportadores, especialmente na movimentação de cargas fracionadas
O TPPF – Terminais Portuários da Ponta do Félix tem sido o destino escolhido por produtores e indústria, devido a possibilidade de armazenamento de 100% da carga em recinto alfandegado. Outra vantagem é que a produtividade na operação tem seus custos reduzidos com a proximidade dos armazéns com o cais.
“A proximidade dos armazéns com o cais nos possibilita uma maior agilidade na operação e, com isso, economia para o exportador com o custo do frete marítimo. Atualmente, o terminal consegue oferecer ganhos de produtividade superiores a 40% neste contexto”, explica o diretor-presidente do TPPF, Gilberto Birkhan.
Em uma nova operação – que será realizada no mês de abril – o TPPF vai receber 13 mil toneladas em produtos alimentícios, tais como fubá, arepa de milho, açúcar, arroz, óleo e creme vegetal – fabricados no Brasil e que serão exportados para a Venezuela.
O terminal receberá a carga em suas embalagens originais – que é segregada por produto e por fornecedor nos armazéns alfandegados do TPPF – entre três e quatro semanas antes da chegada do navio. Todos os produtos são envasados em big bags e armazenados no local para exportação. O lote é diferenciado por ser tratar de carga ensacada.
Para Gilberto Birkhan, o TPPF está ratificando a sua vocação de terminal multipropósito – devido a sua capacidade de trabalhar com cargas diferenciadas e menor tempo de espera com a gestão do line up dos navios, otimizando a capacidade do porto e permitindo atendimento de navios com prioridades gerenciais de acordo com a necessidade do cliente.
“A especificidade de cada produto – relativa aos cuidados de manuseio, acondicionamento e armazenamento – denota o diferencial competitivo do TPPF em cargas de especialidade, que demandam olho crítico e atenção aos detalhes, a fim de que a carga chegue ao destino em perfeitas condições e fomente o comércio exterior, valorizando os ativos do país”, reforça Birkhan.
O terminal tem recebido cargas como o farelo de soja não transgênico, fertilizantes e novos produtos como madeira, cavaco, grãos orgânicos e cargas de projeto.
Expectativa de mercado – O diretor-presidente do TPPF explica que a conjuntura econômica para 2021 é favorável ao agronegócio brasileiro – que inclui o dólar elevado, o preço das commodities em alta e a demanda crescente por alimentos em todo o mundo -, somada aos investimentos em melhorias da estrutura marítima.
“Aliado ao cenário econômico favorável, também pode-se destacar o alinhamento de todas as esferas do poder público no que diz respeito a garantir uma melhor navegabilidade para os portos brasileiros e a segurança da navegação. Com o aumento da profundidade em nosso calado, será possível alavancar ainda mais estes números”, enumera Birkhan.
Em 2020, o TPPF – empresa responsável pela concessão do Porto de Antonina – garantiu a movimentação de quase um milhão de toneladas, mesmo em um ano atípico de pandemia. O total – de 950.626 toneladas de produtos movimentados em 2020, entre granel, fertilizante, farelo de soja, cargas geral e açúcar – representa um acréscimo de 5% se comparado ao ano de 2019, quando a movimentação atingiu a marca de 908 mil toneladas.
Desafios – Birkhan avalia que o desafio para este ano é atingir a meta de crescimento – consolidando o Porto de Antonina no cenário nacional -, bem como manter as atuais condições de trabalho com segurança.
O TPPF conta, atualmente, com mais de 60 mil metros quadrados de infraestrutura de armazenagem, com capacidade estimada de 200 mil toneladas estática e está com as obras de expansão em andamento.
O projeto de expansão prevê a construção de silos para cereais e um novo armazém para fertilizantes, com capacidade para 120 mil toneladas de produto em área 17 mil metros quadrados.
“Estamos investindo em equipamentos com qualidade única no Brasil, com a instalação de silos de concreto, que permitem o menor impacto possível da temperatura externa na qualidade dos produtos armazenados”, finaliza Birkhan.