Redação – 12.04.2021 –
A construtora Azevedo e Travassos fechou 2020 com lucro operacional de R$ 25 milhões. O valor é 14 vezes superior aos R$ 1,7 milhão registrado em 2019 e, segundo a companhia, consolida a sua operação com capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) desde a chegada da Rocket Capital no controle da companhia, em 2019.
Para 2021, a empresa tem plano de diversificação de negócios com a meta de alcançar backlog de R$ 600 milhões em projetos nas áreas de infraestrutura, saneamento, Óleo & Gás, e um projeto no setor imobiliário com VGV de R$ 1,2 bilhão. “Temos um pipeline atual de vendas de R$ 1,8 bilhão na área de infraestrutura e de R$ 1,5 bilhão em desenvolvimento imobiliário”, diz Ivan de Carvalho, presidente da Azevedo & Travassos.
Em fevereiro deste ano, a Azevedo e Travassos apresentou plano para aquisição da Heftos, empresa do Grupo UTC, especializada na prestação de serviços para o setor petrolífero em unidades e plantas existentes de processamento de óleo e gás, onshore e offshore, que atualmente possui contratos em andamento para adequação e reformas de refinarias e manutenção de plataformas de produção offshore. A proposta, cujo objetivo é acelerar seu crescimento em áreas estratégicas, como a de Óleo & Gás, prevê a estruturação de um financiamento no valor de até R$ 35 milhões para que a UTC cumpra as obrigações de sua recuperação judicial, tendo como garantia a alienação fiduciária de seus ativos.
A Azevedo e Travassos mira tanto projetos greenfield quanto a participação em PPP’s (Parcerias Público-Privadas) e concessões na área de infraestrutura, quanto oportunidades na área portuária, incluindo participar como sócia e construtora de novos negócios, em parceria com os investidores diretos dos empreendimentos ou fundos de investimento. Na área imobiliária, a Azevedo & Travassos prevê converter seu land bank, estimado em R$ 110 milhões, em projetos greenfield voltados ao programa Casa Verde e Amarela, além de atuar em projetos de retrofit.
Aumento de capital
Para avançar no plano de crescimento, a construtora concluiu recentementeo processo de aumento de capital em R$ 43,2 milhões, com a subscrição e integralização de 4,8 milhões de ações ordinárias e 9,6 milhões de ações preferenciais. A captação atingiu o patamar máximo estabelecido na proposta de subscrição de ações iniciada no dia 3 de novembro e encerrada em 18 de dezembro. Esta foi a primeira captação realizada junto ao mercado no período de cinco anos, mas não deve ser a última. Recentemente, a companhia publicou Fato Relevante informando ao mercado e seus acionistas que estuda um novo aumento de capital social, visando reforçar o caixa e concluir seu processo de reestruturação.