Redação – 13.08.2021 – Iniciativa utiliza rede da Claro obtida para uso científico e vai servir para testar aplicações de IoT e robótica
A WEG está utilizando 5G em ambiente real de produção em sua fábrica localizada em Jaraguá do Sul (SC). O projeto-piloto, batizado de “Open Lab WEG/V2COM”, já está testando aplicações de Internet das Coisas (IoT) para gestão integrada da fábrica por meio de sistema MES. Também é testado o controle de robôs de logística pela rede 5G, além da robótica na própria linha de produção automatizada.
O projeto utiliza o espectro de frequências sub-6 em 3,5 GHz, por meio de uma licença de uso científico concedida à Claro pela Anatel e 3GPP (Third Generation Collaboration Project). A operadora, junto com a Embratel, é que está oferecendo a infraestrutura de rede, junto com a participação de outras empresas, como Ericsson, Qualcomm Technologies e Motorola.
A solução da Claro/Embratel possibilita ganho de escala e redução de investimentos, sem limitações em termos de capacidade. Os elementos de rede operados estão analisando necessidades muito específicas e, a partir dos desafios identificados, apresentando soluções personalizadas, que nunca foram vistas antes.
Um dos objetivos da parceria é avaliar o desempenho de aplicações IoT e a conexão de dispositivos com a rede celular 5G, avaliando o throughput (velocidade de dados) e latência mais adequados a cada caso de uso. Também se está validando a faixa de frequência sub-6 (3.5 GHz) em testes de integração e interoperabilidade.
A infraestrutura 5G usada no projeto estará disponível e implementada pela Ericsson. Já os dispositivos e módulos 5G são alimentados pela solução da Qualcomm, o Snapdragon X55 5G Modem-RF System.
Implementação faseada
Claro, Embratel e Ericsson estabeleceram diferentes topologias para a WEG, para serem entregues em três fases de projeto. Atualmente, o projeto está na fase 1, que usa serviço 5G non stand alone (NSA) provido pela Claro.
Na fase 2, o serviço 5G NSA ainda será provido pela operadora, porém com a introdução de mecanismos de diferenciação de serviços, fornecidos pela Embratel, tais como APN dedicada e níveis de QoS diferenciados para cada tipo de caso de uso a ser experimentado pela WEG.
Já na fase 3, ocorrerá a introdução do serviço 5G Standalone (5GSA) com infraestrutura parcialmente “dedicada”, utilizando os elementos de rede da operadora, com incorporação de uma instância de Core User Plane Function (UPF) próximo ao ambiente da fábrica para redução de latência. Sobretudo na Fase 3, a arquitetura 5GSA possibilitará a introdução de mecanismos e facilidades de Network Slicing para assegurar a experiência necessária para rodar os casos de uso de Indústria 4.0.