A questão do poste: o que o provedor pode fazer para minimizar os problemas

Redação InfraDigital – 27.09.2021 – Podcast debate o problema de “relacionamento” entre concessionárias de energia e ISPs Algo que permitiu o rápido desenvolvimento do mercado de provedores de Internet (ISP) no País foi a possibilidade de utilizar os postes de energia para implantar a infraestrutura de fibra óptica. Devido às condições climáticas no Brasil, a […]

Por Redação

em 27 de Setembro de 2021

Redação InfraDigital – 27.09.2021 – Podcast debate o problema de “relacionamento” entre concessionárias de energia e ISPs

Algo que permitiu o rápido desenvolvimento do mercado de provedores de Internet (ISP) no País foi a possibilidade de utilizar os postes de energia para implantar a infraestrutura de fibra óptica. Devido às condições climáticas no Brasil, a necessidade de aterramento da fiação é mínima, barateando o custo de implementação das chamadas redes aéreas. No entanto, surgiu uma relação de mutualismo entre provedores e concessionárias de energia, as responsáveis pelos postes, e que, muitas vezes, pode gerar problemas entre as partes. 

O relacionamento entre provedores e concessionárias foi abordado por Fabrício Araújo, especialista em telecomunicações da Intelbras, durante o novo episódio do podcast Conexão InfraDigital. Ele defendeu que os ISPs não vejam as distribuidoras como suas inimigas, já que é de responsabilidade delas garantir a segurança da infraestrutura de fios nos postos, o que inclui garantir o cumprimento de normas. 

O especialista entende que há casos onde os pontos de fixação de fibra óptica são utilizados indiscriminadamente por alguns provedores de acesso, o que acaba levando a desconexão de quem estava cumprindo as normas como reflexo. Para ele, é justo que as concessionárias causem a desconexão de quem “entope” o espaço de passagem de fios, pois o mau uso pode gerar problemas de infraestrutura, chegando a entortar postes e gerando prejuízo à empresa e aos moradores do local. 

Preço de passagem

O que pode entrar em discussão para Araújo é a questão do custo. “Ele é necessário para manter a manutenção e um mínimo de qualidade. Se não tivesse um custo, poderia ser até pior. Agora, se ele é justo ou não cabe uma discussão”, diz. “Como as duas prestam um serviço essencial para a economia e o dia a dia das pessoas, é preciso que haja um meio termo, pois um depende do outro.” 

Durante o podcast, Araújo também comentou sobre os riscos de segurança que os técnicos de telecomunicações enfrentam ao instalar e fazer a manutenção do cabeamento dos postes, além da participação de Renato Campos, diretor do Grupo Power Lines, composto por empresas de infraestrutura de telecom, que falou sobre sua experiência trabalhando em conjunto com concessionárias de energia.