Redação – 19.10.2021 – Recursos serão aplicados na ampliação da cobertura de internet e infraestrutura de conectividade nos 5,5 mil municípios brasileiros
O leilão de radiofrequências para o 5G movimente R$ 169 bilhões nos próximos 20 anos, de acordo com estimativas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os cálculos apontam para R$ 70 bilhões a serem investidos pelas operadoras de telecomunicações em todo o Brasil para cumprir as obrigações previstas no edital.
Entre os compromissos estão a ampliação da cobertura 4G em mais de 9 mil localidades e em 31 mil quilômetros de rodovias; a expansão da infraestrutura de fibra ótica; e a implantação da Projeto Amazônia Integrada e Sustentável e da Rede Privativa da Administração Pública Federal.
O restante do valor, estimado em R$ 99 bilhões, refere-se a investimentos necessários à prestação comercial de serviços de telecomunicações por meio das faixas de radiofrequência que estão sendo licitadas. A projeção bilionária total corresponde às despesas com bens de capital — por exemplo, aquisição de máquinas, de equipamentos e a implantação de redes e de outras infraestruturas físicas.
Compromissos de investimento
O governo optou por realizar um leilão não arrecadatório. Desse modo, incluiu como contrapartida para a aquisição das faixas de radiofrequência investimentos para ampliação da conectividade. Esses compromissos representam custos para as operadoras, uma vez que deverão aplicar recursos em outros setores para terem o direito de prestar os serviços nas faixas licitadas.
Para tornar propícia a licitação, a Anatel deduz esses custos extras do valor econômico das faixas, estimado em R$ 50 bilhões. Cerca de 80% desse preço mínimo foi reduzido para serem revertidos pelas operadoras na expansão da infraestrutura em regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura. Em uma licitação tradicional, o valor integral seria exigido. O leilão do 5G espera arrecadar R$ 9 bilhões para os cofres públicos.