Redação – 29.10.2021 – Empresa paulista do setor elétrico viu sua receita líquida crescer 22% e atingir R$ 572 milhões
A Companhia Energética de São Paulo (CESP), geradora privada de energia hidrelétrica, registrou receita líquida de R$ 572 milhões no terceiro trimestre de 2021, o que representa uma alta de 22% em relação à do mesmo período em 2020. No entanto, a crise hídrica continuou impactando a margem operacional da companhia e o EBITDA Ajustado recuou 39%, atingindo R$ 143 milhões. O lucro líquido de R$ 395 milhões, no entanto, reflete os efeitos positivos da repactuação do GSF das UHEs Paraibuna e Porto Primavera.
O cenário adverso, por outro lado, permitiu à companhia avançar na venda de energia de médio prazo, com contratos negociados no mercado livre para o período entre 2024 e 2026, ao preço médio de R$ 172/MWh. A diversificação da carteira de clientes também prosseguiu, favorecendo as transações.
Para mitigar os efeitos do cenário hidrológico em seu resultado, a CESP vem equalizando sistematicamente seu balanço energético, originalmente deficitário para 2021 e 2022 em decorrência da revisão de garantia física da UHE Porto Primavera com a privatização, em 2018. A empresa comprou 377 MW médios de energia para o equacionamento do balanço de 2021. O preço médio anual de compra de energia, atualmente, é de R$243/MWh, 19% acima do preço de 2020.
Segundo a empresa, a intenção era que a CESP não ficasse exposta no curto prazo frente o risco de crise hídrica. Para 2022, a companhia já comprou 100% da energia necessária com objetivo de equacionar o déficit energético previsto.