Artigo: Tecnologia facilita a compra de imóveis durante a pandemia

Fernanda Machado – 13.12.2021 – A busca por um novo lar passou a ser online e a tecnologia foi imprescindível para o volume histórico na compra de imóveis Mesmo diante a crise sanitária em decorrência da pandemia da Sars-Cov 2, novo Coronavírus, o mercado imobiliário conseguiu se manter aquecido, a busca por um novo lar […]

Por Redação

em 13 de Dezembro de 2021

Fernanda Machado – 13.12.2021 – A busca por um novo lar passou a ser online e a tecnologia foi imprescindível para o volume histórico na compra de imóveis

Mesmo diante a crise sanitária em decorrência da pandemia da Sars-Cov 2, novo Coronavírus, o mercado imobiliário conseguiu se manter aquecido, a busca por um novo lar passou a ser quase que exclusivamente online e algumas ferramentas foram imprescindíveis para o volume histórico.

Segundo o relatório Global Outlook 2021, da Mastercard, houve uma transformação na relação de compra, venda e aluguel de imóveis. Isto ocorreu devido à facilidade e até mesmo redução nos processos burocráticos de financiamento, inclusive. Um dos principais motivos, ainda de acordo com o mesmo levantamento, foram as ferramentas desenvolvidas durante a pandemia, que vieram para ficar.

Com isso, os financiamentos concedidos para compra e construção de imóveis usando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), somaram R$ 19,66 bilhões em junho, volume recorde registrado desde 1994, de acordo com Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Este número representa um salto de 12,5% ante maio do ano anterior, entretanto em comparação a junho de 2020, a procura pela caderneta de poupança para compra de empreendimentos aumentou 112,1% (R$9,27 bilhões), algo nunca visto.

Conforme o levantamento, devido à pandemia, muitas empresas do setor imobiliário precisaram migrar para a internet para não fecharem seus negócios. Assim, a digitalização provocou um salto expressivo e possibilitou que organizações mantivessem o quadro de funcionários completo. Ainda segundo a associação, foram financiados 86,2 mil imóveis, quase 20% a mais do que em maio, demonstrando que as pessoas estão saindo do aluguel para morar em um lugar próprio mesmo na pandemia.

Outro aspecto preponderante para o cenário aquecido, é o cliente como protagonista da operação, agora eles chegam até as imobiliárias sabendo o que têm em vista e somente alinham seu querer com os corretores. Nesta hora, as ferramentas para tour 360º, projeções com realidade aumentada, assinatura digital, financiamento 100% online, contato facilitado com as corretoras e o serviço de delivery de chaves fazem toda a diferença para fechar um bom negócio.

As plataformas permitem a simulação e aprovação de crédito em poucas horas, enquanto a análise documental pode ser processada em menos de 24h, outra grande vantagem é o repasse feito em 30 dias. O que seria impossível se ainda mantivéssemos os processos totalmente analógicos. A aquisição de um imóvel é considerada uma das mais importantes na vida de uma pessoa, por isso deve ser tratada como tal.

O financiamento online, assim como o presencial, possui alguns requisitos básicos como cópias e os documentos originais, comprovante de nascimento e de renda, é importante que antes de requisitar o crédito a pessoa esteja com a situação legalizada junto a receita federal. Mesmo que o processo seja facilitado, a financeira irá analisar a documentação da mesma forma que faria presencialmente.

Ainda nas tendências que corroboram pela procura do financiamento online estão as calculadoras de juros. Elas conseguem ajudar quem já tem um financiamento e quer se candidatar à portabilidade, uma vez que a queda na taxa selic tem influenciado no valor e no número de parcelas. Com a migração de dívida para um banco com menor taxa, a calculadora realiza uma nova simulação, por exemplo, é possível que alguém deixe de pagar 12% ou 13% ao ano e passe a pagar 8,5% ao ano. Ou ainda, demonstrar quais são as taxas de juros e as melhores condições para quem está à procura da casa própria, isso tudo é possível graças à tecnologia.

A agilidade nos processos vem acompanhada de eficiência e segurança, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) garante que os dados pessoais dos compradores não sejam divulgados ou utilizados sem autorização, o que possibilita ter segurança durante o processo de adquirir um financiamento e futuramente na compra do imóvel.

Embora os dispositivos virtuais facilitem os processos na aquisição de crédito, eles não impedem que o consumidor em algum momento tenha o contato direto com uma pessoa. Porém, é um facilitador na hora de analisar as principais características do imóvel sem que o cliente precise se deslocar.

No Brasil, os efeitos promovidos pelo volume de imóveis comprados e construídos com o financiamento digital devem continuar após o fim da pandemia. Os consumidores perceberam a facilidade, além do que, os financiamentos virtuais trazem inúmeros benefícios para todos envolvidos na cadeia construção e venda, sobretudo para as pessoas que estão pensando em investir seu pé-de-meia.

*Fernanda Machado é co-founder de Felí.