Redação – 20.12.2021 – Empresa vai assumir carteira de clientes e todo o portfólio de projetos renováveis da companhia que somam 3,7 GWp de potência instalada
A Eneva, empresa integrada de energia, anunciou a incorporação de negócios com a Focus Energia. O investimento é de R$ 960 milhões e permitirá à companhia diversificar fontes de energia e modelos de negócio. A iniciativa está em linha com a estratégia da Eneva de crescimento com base na transição para projetos de energia renovável.
A Focus Energia atua em três linhas de negócio: Comercialização de Energia Elétrica, Geração e Geração Distribuída. Com a transação, a Eneva incorpora a empresa e assume os ativos operacionais, carteira de contratos e clientes, além de todo o portfólio de projetos da companhia, que somam 3,7 GWp de potência instalada.
O portfólio de geração é composto por dois ativos operacionais e um pipeline de geração centralizada e distribuída, localizados nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Entre os projetos está o Parque Futura 1, 2 e 3 (BA). Quando comissionado, Futura 1 será o maior complexo solar do Brasil, com uma capacidade instalada de 670 MW.
De olho na combinação entre linhas de negócio
A Eneva viu uma boa oportunidade de obter retorno atrativo com a aquisição, principalmente com a possibilidade de combinar linhas de negócio complementares, como o pipeline de projetos renováveis e a expertise da empresa na comercialização de energia elétrica. A empresa acredita que terá uma oportunidade acelerar sua estratégia de se tornar um player integrado de soluções de energia.
A transação levou em conta o potencial de estruturação de novos projetos de geração, visando à viabilização de investimentos em ativos de fontes renováveis, principalmente solar, que é considerada uma das principais frentes de crescimento de energia do próximo decênio.
A Focus iniciou operações como uma comercializadora de energia em 2015 e no início deste ano fez seu IPO objetivando financiar seu pipeline de projetos renováveis. A aquisição da empresa pela Eneva deve acelerar o avanço dos projetos, que são fortes candidatos a acompanhar o crescimento do mercado de energia renovável com previsão de mais de 170% até 2030.
A incorporação agora será votada em Assembleia Geral nas duas empresas e a operação será submetida ao Cade.