Redação – 23.12.2021 –
A grande maioria dos líderes sul-americanos do setor de energia entrevistados pela KPMG destacou os riscos associados às mudanças climáticas como o mais importante (36%), seguido pelas regulamentações para a atividade neste setor (23%), ameaças cibernéticas (14%), o funcionamento da cadeia de suprimentos (9%) e o risco associado à disrupção tecnológica (5%). Essas são as principais conclusões da pesquisa “KPMG 2021 CEO Outlook – recorte energia na América do Sul” que consultou líderes deste setor para entender preocupações, prioridades e estratégias para os próximos três anos.
Além disso, segundo o estudo, a estratégia com base no propósito continuará sendo um dos pilares em que as empresas devem se apoiar para impulsionar o crescimento, uma vez que isso poderia afetar positivamente o desempenho financeiro da empresa (95%), a reputação da marca (95%) e o engajamento dos funcionários (86%).
“Parte dessa estratégia está na relevância crescente dos aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa (da sigla em inglês, ESG) que, desde antes da crise sanitária e com o impulso que isso significou para as demandas sociais, passaram de meros conceitos para se transformar em políticas necessárias para o desenvolvimento sustentável de longo prazo de qualquer empresa incluindo as que atuam no setor energético”, analisa o sócio líder de energia e recursos Naturais da KPMG na América do Sul, Manuel Fernandes.
Como mostrou a pesquisa, 91% dos executivos do setor de energia sul-americano concordaram que devem manter as conquistas alcançadas em termos de sustentabilidade durante a crise sanitária e 77% deles buscarão focar programas de ESG no componente social. Em termos de investimento em sustentabilidade, eles demonstraram estar comprometidos com a questão ambiental já que 36% afirmam investir entre 6% e 10% da receita das empresas que lideram, em programas que as tornem mais sustentáveis.
Importância da segurança cibernética
A pesquisa revelou que 73% dos CEOs sul-americanos que atuam neste setor consideram que as empresas estão mais bem preparadas para enfrentar um ataque cibernético. Segundo a pesquisa, para esses líderes, uma estratégia adequada em segurança cibernética traz benefícios importantes para proteger a cadeia de fornecimento (86%), construir uma cultura de segurança cibernética dentro da empresa (82%), gerar uma vantagem competitiva (78%) ou, ainda, aumentar a confiança de clientes e investidores (77%).
“Certamente, os CEOs enfrentam grandes desafios nesta nova realidade que surgiu com a pandemia da covid-19. Eles estão comprometidos com o propósito das empresas e com a promoção das diretrizes ambientais, sociais e de governança corporativa, não mais como parte de uma estratégia orientada pela conveniência, mas como uma ferramenta de desenvolvimento e geração de benefícios no médio e longo prazo”, finaliza.