Redação – 08.03.2022 – Lucro líquido caiu devido a impairments de usina termelétrica, mas mesmo o índice ajustado apresenta decréscimo de 11,8%
A Engie Brasil Energia registrou receita operacional líquida de R$ 12,5 bilhões no ano de 2021, 2,3% acima do montante apurado em 2020. O Ebitda chegou a R$ 5,9 bilhões, 8,4% inferior a 2020, e o lucro líquido alcançou R$ 1,5 bilhão em 2021, valor 44,1% abaixo do ano anterior. Segundo a empresa, este índice foi afetado em R$ 1 bilhão pelos impairments da Usina Termelétrica Pampa Sul e da controlada Engie Geração Solar Distribuída, além de R$ 200 milhões de perda na alienação do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda.
Desconsiderando-se esses efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado foi de R$ 7,2 bilhões, aumento de 12,3% em comparação a 2020, e o lucro ajustado chegou a R$ 2,4 bilhões, queda de 11,8% em relação ao ano anterior, devido principalmente aos efeitos da inflação sobre dívidas da companhia.
Para mitigar os impactos da crise hídrica, a Engie apostou em uma estratégia de contratação e venda de energia no mercado livre. Apesar do déficit de geração hidrelétrica nacional em 2021 ter alcançado 27%, com um PLD médio 58% acima do observado ano anterior, o resultado líquido das transações de curto prazo, em especial as realizadas na CCEE, foi de apenas R$ 35 milhões negativo no acumulado de 2021.
Segundo Eduardo Sattamini, diretor-presidente e de relações com Investidores da Engie Brasil Energia, 2021 foi um ano de consolidação da empresa como plataforma de investimentos em infraestrutura em energia. Mesmo com os resultados negativos no lucro líquido, ele aponta que houve sucesso na execução da estratégia, apontando a entrada no segmento de transmissão e o crescimento da em geração renovável como os pontos positivos.