Redação InfraDigital – 24.03.2022 – Projeto, que também conta com a participação da Ericsson e startups, já tem estrutura pronta e será o primeiro do País a usar a tecnologia de quinta geração da internet móvel
A colaboração entre Claro, Embratel e InovaHC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), vai implementar o 5G na sala de cirurgia robótica do centro cirúrgico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). A estrutura para os primeiros testes já está implantada – o que faz do HC o primeiro hospital público do Brasil a utilizar o 5G. A operação deve começar ainda no primeiro semestre deste ano, com a execução de uma prova de conceito (PoC).
Nesta prova, os parceiros vão integrar as informações de monitoramento do paciente cirúrgico em uma base de dados que permita o acompanhamento e avaliação pela equipe médica de forma remota, pelo celular, por exemplo. Esses dados prioritariamente serão vinculados aos equipamentos do chamado carro de anestesia, aparelho onde é feito o monitoramento dos sinais vitais durante a cirurgia.
Dessa forma, os agentes poderão fazer a avaliação tecnológica de latência, velocidade, estabilidade, qualidade e segurança, entre outros itens, na transmissão e demonstração dos dados via tecnologia 5G. As informações permanecerão dentro da instituição e serão transmitidas e organizadas em um banco de dados de forma anonimizada, ou seja, sem que possa identificar a que paciente se referem.
Com a chegada do 5G no Brasil, o objetivo é desenvolver um ecossistema de inovação para a cocriação de novas soluções em saúde com as tecnologias 5G e IoT (Internet das Coisas). Além da otimização dos centros cirúrgicos, nas próximas etapas da pesquisa, a integração de tecnologias vai possibilitar mais segurança e qualidade às cirurgias e também o desenvolvimento de novos serviços de apoio e educação a distância.
O projeto inclui a participação do beOn Claro, hub de inovação da operadora; da Embratel, que irá integrar soluções e habilitar a infraestrutura digital da iniciativa; da Ericsson, que fornecerá todos os equipamentos; e da startup NuT, de Natal (RN), responsável por implementar as técnicas de integração de dados.