Redação InfraDigital – 25.04.2022 – Haverá redução do tempo de espera dos atendimentos e um grande avanço nos diagnósticos, telemedicina e até roupas que permitirão o acompanhamento dos pacientes em tempo real
O setor médico-hospitalar será um dos que mais se beneficiarão com o advento do 5G no Brasil, avalia Fernando Silveira Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (Abimed). Com inteligência artificial, realidade aumentada e virtual, big data, robótica e internet das coisas, todo o sistema contará com novos métodos e recursos para os mais diversos procedimentos, da gestão ao atendimento de pacientes.
As possibilidades são imensas nos procedimentos médicos, a depender do grau de inovação que as empresas e instituições agreguem aos seus recursos tecnológicos. “Como exemplos, podemos mencionar os recursos do mundo phygital (fusão de físico e digital), com dispositivos vestíveis, implantes e rastreadores, que permitirão o acompanhamento de informações sobre os pacientes em tempo real”, acentua o presidente da Abimed.
Com a Internet das Coisas (IoT), a tendência é que a telemedicina também seja impactada, a partir do momento em que dispositivos inteligentes otimizem o acesso ao cuidado médico remoto. A realidade aumentada e virtual representará uma nova etapa para a medicina diagnóstica, com análises cada vez mais precisas e rápidas, e para o ensino, incluindo recursos da robótica.
A área da gestão da saúde também pode ser melhorada graças à velocidade de conexão do 5G, que proporcionará vantagens para o controle de informações em clínicas, hospitais, UBS e demais instituições que hoje ainda não contam com boa infraestrutura cabeada. “Dentre os benefícios indiretos, está a redução no tempo de espera e nos custos relacionados aos atendimentos, otimizando a experiência dos pacientes e possibilitando ganhos para as prestadoras de serviços, nos setores público e privado”, salienta Silveira Filho.
Para Silveira Filho, a transformação digital na área da saúde já é uma realidade. De acordo com informações da plataforma de inovação aberta Distrito, no Brasil já existem mais de 900 healthtechs, que somaram US$ 183,9 milhões em investimentos no primeiro semestre de 2021. Nos dois últimos anos, a telessaúde ganhou mais força devido aos desafios impostos pela pandemia. Com as medidas de isolamento social, as consultas médicas on-line representaram uma alternativa fundamental, principalmente para muitos pacientes de doenças crônicas, que necessitam de acompanhamento contínuo.