Aparecida de Goiânia pode ser a nova aerotrópole do Brasil

Redação – 22.06.2022 – Com polo aeronáutico em construção, orçado em R$ 100 milhões, cidade goiana ganhará nova cadeia econômica  Aerotrópole é um termo usado para classificar cidades que se desenvolvem de forma integrada e em sinergia com seus aeroportos. O título é interessante para que cidades atraiam novos negócios e desenvolvam o setor logístico. Aparecida […]

Por Redação

em 22 de Junho de 2022
Redação – 22.06.2022 – Com polo aeronáutico em construção, orçado em R$ 100 milhões, cidade goiana ganhará nova cadeia econômica 

Aerotrópole é um termo usado para classificar cidades que se desenvolvem de forma integrada e em sinergia com seus aeroportos. O título é interessante para que cidades atraiam novos negócios e desenvolvam o setor logístico. Aparecida de Goiânia (GO) quer se tornar uma aerotrópole e deve se tornar o maior polo aeronáutico do Centro-Oeste do País até 2024, quando será implementado o Antares Polo Aeronáutico. 

O mega empreendimento, capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e a RC Bastos Participações, prevê investimentos da ordem de R$ 100 milhões e ocupará uma área de 209 hectares. 

Além de um aeroporto público-privado para receber aeronaves de pequeno, médio e grande porte, o Antares contará com uma infraestrutura voltada para os serviços de aviação, como hotel executivo, hangares, heliponto, terminal de passageiros, restaurante, áreas para carga e descarga, estacionamento para aeronaves e hangares para empresas de manutenção e de logística. 

A expectativa da prefeitura local é que o novo aeroporto traga uma cadeia econômica promissora para o município. Se tornando uma aerotrópole, uma nova receita tributária será gerada para Aparecida de Goiânia, assim como novas posições de trabalho e a necessidade de uma rede de serviços igualmente qualificada. 

Conforme os empreendedores responsáveis pelo Antares, o polo aeronáutico irá gerar mais de três mil postos de trabalho, a maioria ligados à aviação civil. O número de empregos indiretos pode ser maior, isso porque o aeroporto deve atrair uma enorme infraestrutura de apoio o que envolve hotéis, restaurantes e indústrias, em especial aquelas ligadas à manutenção aeronáutica. 

Experiências de sucesso 

Um dos mais conhecidos e bem sucedidos exemplos de aerotrópole, é a cidade de Memphis, no estado americano do Tennessee, que cresceu organicamente ao redor de um aeroporto. O terminal, que hoje é um dos aeroportos mais movimentados do mundo para cargas e abriga uma base global da multinacional FedEx, começou como um simples centro para o comércio de lenha e algodão, antes mesmo de sua inauguração no ano de 1936. 

Atualmente, companhias que dependem de entregas – e que oferecem desde produtos médicos a reparos de celulares – formam um raio de 32 quilômetros de empresas corporativas e industriais em torno do aeroporto de Memphis, que ganhou o apelido “aerotrópole americana”. 

O Brasil também tem experiências de sucesso com aeroportos ancorando o desenvolvimento de cidades. É o caso de Guarulhos (SP), que abriga o maior aeroporto do País e um dos mais movimentados da América do Sul, ficando atrás apenas do Aeroporto Internacional El Dourado, em Bogotá, na Colômbia. 

De acordo com um estudo recente, as atividades aeroportuárias foram um dos destaques positivos do município de Guarulhos em 2017. A provisão de navios e aeronaves somou 729 milhões US$ FOB [Free On Board] naquele ano, uma evolução de 36,36% sobre o número registrado em 2016.