Lixo urbano pode gerar energia para 27 milhões de residências no Brasil

Redação – 21.07.2022 – Levantamento realizado pela Abren mostra que as 28 regiões metropolitanas do Brasil têm potencial para receber investimentos superiores a R$ 79 bilhões  O Brasil conta com 28 metrópoles, regiões com mais de 1 milhão de habitantes, e só com 56% do lixo urbano produzido com elas seria possível gerar energia elétrica […]

Por Redação

em 21 de Julho de 2022
Redação – 21.07.2022 – Levantamento realizado pela Abren mostra que as 28 regiões metropolitanas do Brasil têm potencial para receber investimentos superiores a R$ 79 bilhões 

O Brasil conta com 28 metrópoles, regiões com mais de 1 milhão de habitantes, e só com 56% do lixo urbano produzido com elas seria possível gerar energia elétrica para 27 milhões de residências no país. É o que aponta um estudo da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) sobre o potencial brasileiro para gerar energia a partir do lixo. 

O uso de lixo para produção de energia elétrica é chamado de recuperação energética. A associação diz que a prática contribui com o saneamento básico, já que dá um fim ao lixo urbano, e para a geração de energia, sendo uma boa opção de política pública. Segundo a Abren, a prática já é utilizada na Europa há 50 anos, mas a primeira usina do tipo no Brasil ainda está sendo construída em Barueri (SP), com previsão de entrega para 2025.  

No entanto, isso pode mudar. Os Leilões de Energia Nova A-5 e A-6 do Ministério de Minas e Energia (MEE), previstos para ocorrerem em 16 de setembro deste ano, terão uma categoria destinada exclusivamente à geração de energia a partir do lixo, ou resíduos sólidos urbanos (RSU). Nela, há 10 projetos cadastrados no Leilão A-5, totalizando 180 MW, e nove projetos cadastrados no Leilão A-6, com um total de 176 MW. Ao todo, são 19 projetos de RSU e 356 MW – suficientes para abastecer cerca de 1,2 milhão de residências. 

Combustível do lixo 

Outra forma de recuperação energética é o Combustível Derivado de Resíduos (CDR). O país possui 38 fábricas com licença ambiental para usar o combustível derivado de resíduos, mas substitui apenas 31% do combustível fóssil por CDR, taxa que é muito maior em países europeus. 

A Abren afirma que o Brasil tem um grande potencial para ampliar a geração e a utilização do combustível derivado de resíduos, o que traria benefícios como a geração de empregos, atração de investimentos redução das emissões dos gases que causam o efeito estufa e preservação dos recursos naturais.