Redação – 27.07.2022 – Projeto conta com parceria da Sencinet, que instalará kits de equipamentos para conexão em plataformas marítimas, embarcações e unidades em terra
A Petrobras vai usar uma conexão via satélite para conectar sua estação central (hub), no Rio de Janeiro (RJ), a todas as unidades remotas marítimas e terrestres da companhia. Quem vai fazer a integração desse serviço é a Sencinet, que venceu a licitação do projeto.
O contrato de cinco anos com a integradora prevê fornecimento, instalação e manutenção dos kits de equipamentos necessários para a operação em localidades offshore (plataformas e embarcações) e onshore (escritórios, refinarias e outras instalações). A capacidade média dessa rede deve ser de 240 Mbps, sendo que a maior parte da banda será destinada ao atendimento das plataformas de petróleo offshore nas Bacias de Campos e Santos, incluindo o pré-sal.
Para isso, a Sensinet vai usar um feixe específico que cobre a região Sudeste do Brasil, de forma que seja entregue uma maior qualidade a menor custo. Essa tecnologia é chamada de “spot beam” e direciona os sinais do satélite para pontos específicos – no caso, as Bacias de Campos e Santos. Para as demais regiões do País, a integradora vai utilizar tecnologia tradicional, que já oferece condições suficientes para as operações da petrolífera, segundo a empresa.
Com o objetivo de trabalhar com toda esta flexibilidade, a Sencinet realizará investimentos de modernização e expansão do sistema de telecomunicações que a empresa tem no teleporto de Hortolândia (SP). Um dos principais movimentos será a instalação de novos equipamentos numa antena de nove metros para que ela aponte na direção dos satélites que operam na tecnologia Spot Beam.
A partir da assinatura do contrato, a Sencinet já iniciou o trabalho junto a Petrobras num cronograma de migração do modelo de serviços anterior de comunicação via satélite para o atual.
Mudança de paradigma
O fornecimento deste serviço pela Sencinet representa uma quebra de paradigma na forma como a Petrobras desenvolvia sua estrutura de conexão até o momento. Ao longo dos anos, a petrolífera criou uma estrutura totalmente interna com um hub instalado em seu prédio com sede no Rio de Janeiro e uma antena que, na prática, funcionava como um teleporto próprio. A empresa também se responsabilizava pela contratação do segmento espacial e pelos técnicos responsáveis pela operação do sistema.
No novo modelo, a Petrobras apenas comprará o serviço em forma de quantidade de megabits, sem se preocupar com nenhum aspecto da estrutura. O teleporto é da Sencinet, assim como a responsabilidade com os contatos para uso da estrutura espacial. Entre as vantagens de usar o teleporto da Sencinet está no fato de ele ter antenas apontadas para vários satélites diferentes, o que aumenta a qualidade do serviço.