Redação – 02.08.2022 – Fábrica substitui combustível fóssil por biocombustível no seu processo de secagem de areia, garantindo uma produção mais sustentável
A Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção, trocou o combustível fóssil pelo biocombustível na produção de argamassa em sua fábrica localizada em Cajamar (SP). A biomassa utilizada é resultado da transformação de resíduos de outros processos industriais em combustível.
A fábrica de Cajamar passou a utilizar o biocombustível para a secagem industrial de calcário, que é uma das matérias-primas empregadas na produção de argamassa. Depois de passar pelo processo de secagem, o calcário é moído e transformado em areia, que compõe a argamassa junto com aditivo e cimento.
Na unidade paulista, são secas mais de 200 mil toneladas de calcário todos os anos para produção de areia. A Votorantim Cimentos investiu cerca de R$ 4 milhões na troca dos equipamentos e a fábrica deixou de consumir combustível fóssil na sua totalidade, com ganhos ambientais e econômicos.
Economia circular
Segundo o gerente geral de Argamassa da Votorantim Cimentos, Carlos Vicente, a fábrica de Cajamar opera de forma sustentável dentro do conceito de economia circular. “Adotamos uma abordagem regenerativa na maneira de fazer negócios, eliminando resíduos, revalorizando subprodutos de outras indústrias e ampliando o uso de recursos renováveis. Essa iniciativa em Cajamar reduz os impactos ao meio ambiente, pois estamos transformando em combustível um resíduo que antes era descartado”, afirma Flores.
Com essa iniciativa, a Votorantim Cimentos amplia o uso do biocombustível na sua produção de argamassa no Brasil. A companhia também possui mais duas unidades de argamassas com aproveitamento de energia térmica em processos de produção de areias: Rio Branco do Sul (PR) e Belém (PA).
A Votorantim Cimentos espera que o projeto de Cajamar a ajude a atingir seus Compromissos de Sustentabilidade para 2030, cuja meta é atingir 53% de substituição térmica, percentual de energia vinda de combustíveis alternativos aos combustíveis fósseis, e reduzir o fator clínquer para 68% para 2030.
Já no longo prazo, a companhia compromete-se a desenvolver e implementar tecnologias que permitam entregar para a sociedade um concreto com emissão neutra de carbono até 2050.