Medição inteligente: Brasil precisa de oito anos para migrar 55% dos consumidores

Redação InfraDigital – 08.11.2022 – Cyro Boccuzzi apresentou plano da Abinee para migração de consumidores para novas formas de tarifação da energia elétrica  Durante o webinar Digitalização do Setor Elétrico, promovido hoje (8/11) pela iniciativa InfraDigital, Cyro Boccuzzi, sócio-diretor da consultoria especializada no setor elétrico ECOEE, apresentou um plano nacional para a implementação de medidores […]

Por Redação

em 8 de Novembro de 2022
Redação InfraDigital – 08.11.2022 – Cyro Boccuzzi apresentou plano da Abinee para migração de consumidores para novas formas de tarifação da energia elétrica 

Durante o webinar Digitalização do Setor Elétrico, promovido hoje (8/11) pela iniciativa InfraDigital, Cyro Boccuzzi, sócio-diretor da consultoria especializada no setor elétrico ECOEE, apresentou um plano nacional para a implementação de medidores inteligentes de energia. De acordo com este plano, levaria oito anos para que 55,8% dos consumidores estivessem integrados à medição inteligente. 

Trata-se do Plano Nacional para Medição Inteligente em Baixa Tensão, criado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Segundo o exercício criado por ela, a implantação dos medidores ocorreria de forma plurianual, com base no custo-benefício. Seria uma média de 7 milhões de medidores inteligentes implementados por ano, algo que Boccuzzi diz que as distribuidoras já fazem hoje, só que com medidores tradicionais. 

O especialista destaca que o plano da Abinee é realista, pois leva em conta um planejamento flexível pelas distribuidoras, levando em conta diferentes realidades em razão da dimensão do Brasil. 

A questão é que, com a medição inteligente, é necessário que se implemente novas formas de tarifação. O especialista apontou a necessidade de que as distribuidoras aproveitem a tecnologia para oferecer novos formatos de cobrança, seja por hora ou por demanda, e até pré-pagamentos. 

A regulamentação também precisa acompanhar esse movimento. Boccuzzi defendeu que ela assegure o retorno do investimento, bem como seus riscos. As revisões das concessões, que começam a partir de 2025, serão uma oportunidade para discutir novos modelos de negócio. “É preciso que as novas regras de concessão abarquem a questão da digitalização das redes”, encerrou.