Redação – 21.12.2022 – Capacidade instalada deve chegar a 34 GW, estima a Absolar
O Brasil aumentou significativamente o uso da energia solar nos últimos anos, tanto que essa fonte está bem perto de alcançar o segundo lugar na matriz elétrica do País, ficando atrás apenas da hídrica. Para 2023, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) já estima um crescimento de pelo menos 10 gigawatts (GW) de capacidade instalada, o que representará cerca de 42% de expansão diante da potência alcançada antes do fim deste ano, que atualmente é de 22 GW.
Isso significa que a capacidade instalada de energia solar deve chegar a mais de 34 GW no próximo ano, ainda com o predomínio da geração distribuída – representada pelos pequenos e médios projetos instalados nos telhados de residências, propriedades rurais, comércios e empresas. Para quem trabalha no setor, as expectativas também são de expansão, mesmo com o término da isenção do pagamento da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD).
A fonte de energia renovável solar fotovoltaica deve gerar, também, mais de 300 mil novos empregos e ultrapassar os R$ 50 bilhões em novos investimentos, segundo a projeção da Absolar para 2023.
Segundo o mercado, o setor de energia solar fotovoltaica continuará crescendo, mesmo com o fim da isenção, porque a geração própria de energia ainda será vantajosa pela economia gerada, que pode chegar a mais de 90%, e diante dos constantes aumentos na conta de luz.
A data limite para aprovar projetos e garantir a isenção do pagamento da TUSD pelos próximos 22 anos, marcada a princípio para janeiro, ainda pode ser prorrogada mais seis meses, caso seja aprovado o Projeto de Lei 2.703/22 que está tramitando. Caso isso se concretize, o primeiro semestre de 2023 também deve ter um grande volume de busca por instalações de sistemas solares em todo o país, como ocorreu em 2022, após a aprovação do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/22).