Redação – 20.01.2023 – ODATA explica as consequências da crise climática ao redor do mundo aos data centers
As ondas de calor extremo que ocorreram na Europa em julho afetaram não só a vida das pessoas, como também causaram transtornos a alguns data centers da região. A mudança de temperatura pode causar o encerramento prematuro de máquinas virtuais (VMs) ou até mesmo superaquecer o data center, fazendo com que um subconjunto da estrutura de computação se desligue como forma de proteção. As altas temperaturas que passaram pelo continente foram resultado da crise climática global, causada pela emissão de gases de efeito estufa e seus derivados.
A ODATA, provedora brasileira de data centers, lembra que as mudanças climáticas já têm feito os provedores de data center a investir em iniciativas que reduzam o consumo de energia e que entreguem mais eficiência e menos custo. A refrigeração dos data centers é um dos temas mais falados na agenda ESG, portanto, equipamentos voltados à redução dos impactos ambientais tendem a estar mais presentes em novos projetos, lembra a empresa.
Segundo o estudo divulgado pela Schneider Electric, soluções eficientes de climatização em data centers, como blanking panels, que atuam na contenção de ar nos racks do servidor e melhoram o fluxo de ar dentro da estrutura evitando superaquecimento, podem gerar economia de até 43% no custo anual de energia do sistema de resfriamento. Considerando o Power Usage Effectiveness (PUE), métrica usada para determinar a eficiência energética desse tipo de ambiente de dados, a redução pode corresponder a 15% anualmente.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), há 93% de chance de que um ano entre agora e 2026 seja o mais quente já registrado. Portanto, o mercado de data centers precisa se preparar para esta nova realidade, já que as temperaturas altas na Europa neste ano não foram um caso isolado. A ODATA defende que os projetos de data center hoje já projetem que a temperatura extrema passe de 35 para 37 ou 38 graus.
A empresa lembra que um data center eficiente deve gastar mais energia no funcionamento do equipamento de TI que no resfriamento do ambiente onde o equipamento reside. Para que isso ocorra, é preciso investir em tecnologias mais sustentáveis.
Para este ano, de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Gartner, os gastos mundiais com sistemas de data center devem crescer 4,7%, chegando a US$ 226,4 bilhões. Por este crescimento, soluções de refrigeração, sustentabilidade e climatização estão entre as prioridades dos provedores de data centers.