TCP dobra movimentação de contêineres por ferrovia em sete anos

Redação – 10.02.2023 – Ao todo, foram movimentados quase 190 mil TEUs no Porto de Paranaguá em 2022  A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), registrou mais que o dobro de movimentações de contêineres pela ferrovia em comparação há sete anos. Em 2022, foram movimentados 189.014 TEUs (medida para 20 pés de […]

Por Redação

em 10 de Fevereiro de 2023
Redação – 10.02.2023 – Ao todo, foram movimentados quase 190 mil TEUs no Porto de Paranaguá em 2022 

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), registrou mais que o dobro de movimentações de contêineres pela ferrovia em comparação há sete anos. Em 2022, foram movimentados 189.014 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner), contra 92.307 TEUs em 2016. 

Um dos principais saltos de volume ferroviário aconteceu entre os anos de 2021 e 2022, com 40% de crescimento. A carga que mais apresentou crescimento de exportação no período foi a de papel e celulose, que passou de 3.392 movimentações, em 2021; para 31.016, em 2022. A segunda commodity que mais cresceu foi a de carne de frango. Em 2022, foram 56.530 TEUs movimentados, 5.108 a mais que em 2021. 

O recorde é fruto de “uma estratégia consistente”, diz a TCP, que investiu na intermodalidade ao longo dos anos, fazendo a movimentação de contêineres pela ferrovia entre os terminais brasileiros. Em parceria com a Brado Logística, a empresa optou pela ferrovia nas distâncias longas e rodovias nos trechos curtos, o que trouxe competitividade e mais produtividade em relação ao modal estritamente rodoviário. Para se ter uma ideia, um em cada cinco contêineres exportados por Paranaguá utiliza a ferrovia. 

Como funciona a operação ferroviária 

Uma das bases operacionais está localizada em Cambé (PR), local em que diversas empresas do Paraná, do interior de São Paulo e do Paraguai usam o modal para exportar carne congelada, amendoim, açúcar, café, entre outros produtos. Outro ponto-chave é em Cascavel (PR), que atende as demandas de cooperativas especializadas no agronegócio que exportam pela ferrovia. 

A ligação ferroviária mais recente é o projeto KBT, em Ortigueira (PR). Construído sob medida para um dos maiores exportadores da TCP, o une a planta exportadora ao porto através de um pátio de contêineres próprio, gerido pela TCP, conectado à ferrovia. 

Investimentos 

Essa operação ferroviária ainda está em expansão: em janeiro, houve a troca da balança de ferrovia por uma dinâmica, uma solução que possibilita pesar vagões ou composições ferroviárias em movimento, diferente da balança tradicional em que a operação necessita pesar vagão por vagão. 

Além disso, o equipamento possui dois módulos de captura ao invés de um, o que traz maior segurança e disponibilidade ao serviço de pesagem. Segundo a TCP, os trilhos suportam 30 toneladas por roda ou 60 toneladas por eixo. 

Outro investimento será a eletrificação dos RTGs da ferrovia, em Paranaguá. Atualmente os aparelhos funcionam a diesel, mas serão adaptados para um sistema de condutores elétricos. O modelo trará mais sustentabilidade, eliminando a emissão de gases poluentes e proporcionando maior eficiência operacional. 

Por fim, a TCP investe pesado na área de refrigeração, a qual é uma grande demanda do mercado do agronegócio. Atualmente, a empresa é líder mundial no serviço de exportação de carne de frango e, para manter a liderança, está ampliando a área reefer (refrigerada) do terminal em 43%. Até o final de 2023 a TCP passará a contar com mais de 5 mil tomadas para energização e armazenamento de contêineres refrigerados.