Redação – 10.03.2023 – Dados da pesquisa Acidentes de Trabalho nas Obras mostram que investimentos do setor melhoraram os índices de segurança do trabalho
A construção civil e a incorporação imobiliária investiram quase R$ 170 milhões em segurança do trabalho durante todo o ano passado. Os números fazem parte da pesquisa Acidentes de Trabalho nas Obras, que ouviu profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) em 955 canteiros de obras por todo o Brasil e foi elaborada pela Associação Brasileira de Incorporas Imobiliárias (Abrainc).
Segundo o estudo, ao longo dos 12 meses de 2022, a indústria da construção civil e da incorporação imobiliária gastou, mensalmente em cada um dos 34,7 mil funcionários, cerca de R$ 185 em equipamentos de proteção individual. Com isso, o total foi de R$ 77,2 milhões ao fim do ano.
Ao mesmo tempo, foram investidos nos canteiros de obras mais de R$ 92,1 milhões em equipamentos de proteção coletiva, uma média de recursos aplicados da ordem de R$ 8.045 por mês por obra.
O levantamento da Abrainc reforça ainda que, na construção civil, as medidas preventivas nas obras também incluem cursos sobre as normas técnicas especificas, legislações e demais aspectos que envolvem a saúde e segurança dos trabalhadores. Em média, cada trabalhador da indústria da construção civil foi exposto a 6,6 horas de treinamentos preventivos por mês no ano passado.
Menos acidentes
Os investimentos e as medidas aplicadas no setor estão trazendo resultados, visto que os acidentes que resultaram em ferimentos em alguma parte do corpo do trabalhador caíram para 0,01%.
Outro exemplo é a Taxa de Frequência (TF), que funciona como uma estimativa de acidentes por milhão de horas trabalhadas. Em 2022, no setor da incorporação imobiliária e construção civil ela ficou em 8,9 o que é considerado muito bom.
Por sua vez, a Taxa de Gravidade (TG), que indica quantos dias de trabalho foram perdidos por afastamento, incapacidade permanente ou morte para cada 1 milhão de horas de trabalho realizadas em função dos acidentes em um determinado período, ficou em 135,6. Para efeito de comparação, até 500 este indicador é considerado muito bom; de 500,01 a 1.000, boa; de 1.000,01 a 2.000, regular; e, acima de 2.000, péssima.