Redação – 14.03.2023 –
No mais recente ranking dos 500 supercomputadores mais potentes do mundo, organizado pela organização TOP 500, o Pégaso, da Petrobras, ficou na 33ª posição – o que o torna o computador mais potente do Brasil e da América Latina. A infraestrutura, que mais se assemelha a um data center do que ao PC que somos acostumados a ver, é utilizado em pesquisas geológicas para localizar e planejar a extração de petróleo e gás de forma eficente.
Basicamente, o supercomputador calcula processos como o de perfuração do solo, análises e mensurações que, caso sejam equivocadas, podem custar milhões de dólares para a companhia. O aprimoramento das tarefas de estudo de superfície e localização de possíveis reservas de gás e petróleo requer o armazenamento e análise de uma quantidade inimaginável de dados para que possam ser geradas imagens, simulações e predições sobre o ambiente a ser explorado. Com sua capacidade de processamento super avançada, o Pégaso agilizará esse tipo de investigação e permitirá análises mais complexas.
Para que o Pégaso entrasse no ranking, a Supermicro, responsável por produzir os nós de computação, utilizou processadores AMD EPYC, que são desenvolvidos para lidar com grandes conjuntos de dados científicos e de engenharia com melhor desempenho. Eles alimentam os servidores x86 com melhor eficiência energética.
Segundo a Petrobrás, para montar o Pégaso com mais de 233.856 cores de processamento AMD EPYC, foram necessários mais de três meses de trabalho, além do transporte de mais de 30 toneladas de peças e componentes para o bairro de Vargem Grande, no Rio de Janeiro.
O Brasil no ranking
Ainda segundo a lista divulgada pela TOP500, o Brasil conta com outros sete supercomputadores na lista dos 500 mais potentes do mundo – e outros três deles também são da Petrobras. Além de estar na 33ª posição dentro os mais potentes supercomputadores do mundo, o Pégaso é também o 39º mais “verde”, ou seja, com melhor eficiência energética – vale lembrar que esse tipo de computador ocupa salas ou prédios inteiros e, além de precisar de energia para funcionar, precisa de uma grande capacidade de resfriamento.