João Monteiro – 29.05.2023 – Contato Internet construiu data center TIER III para avançar em ofertas de nuvem, edge computing e colocation no litoral de Santa Catarina
A Contato Internet é um provedor de Araranguá, no litoral sul catarinense, investiu em um data center próprio com 25 racks e certificação TIER III para garantir mais disponibilidade e segurança aos clientes e poder entrar em uma nova linha de negócios. O ISP decidiu diversificar seus negócios a partir da oferta de hospedagem em nuvem, edge computing e colocation.
O principal ponto da Contato era agregar mais valor ao seu portfólio de serviços, que já atendia pequenas e médias empresas da região onde atua. Outro ponto é que o data center foi criado com o conceito de neutralidade, que é a intenção da Contato poder usar o espaço para atender outros provedores com a oferta de colocation.
Com a possibilidade de oferecer serviços de nuvem, o provedor ganha mais diversidade na rentabilidade e consegue maior flexibilidade para lidar com a concorrência no mercado de acesso à internet.
Desafio do projeto
Montado pela CED Soluções, integradora especializada em engenharia de data center, o projeto buscou garantir a disponibilidade de rede da Contato. Por isso, há tecnologias de climatização precisa, nobreaks modulares e sistema de combate a incêndios, além de soluções de eficiência energética.
O maior desafio, segundo avalia Deni Manoel Pedro, diretor-executivo da CED, foi o projeto. Ele explica que a escritura do terreno não estava com os dados corretos, o que fez a área de construção do data center diminuir em 40%. “Tivemos que voltar para o planejamento do projeto e espremer as salas para que fosse possível atender o escopo”, comenta ele, destacando que até a espessura das paredes tiveram de ser diminuídas.
Outro diferencial do projeto que dificultou ainda mais a questão do espaço é a característica de um data center voltado a um provedor, que precisa de muitos cabos de fibra óptica para a conexão de rede. Isso diminui ainda mais o espaço útil de um data center, impondo mais restrições ao projeto da CED.
O que salvou o projeto foi a linha de hacks compactos Lisa, fornecida pela Fibracem, conforme destaca Pedro. Em um único U, é possível acomodar até 144 fibras, algo muito acima do tradicional de mercado. Sebastião Rezende, gerente técnico da Fibracem, explica que essa linha de produtos é parte de uma parceria de produção com a suíça Huber+Suhner. A Fibracem importa a parte de conexão ótica e faz a metalurgia e montagem na fábrica de Curitiba (PR).