Marcos Malagola* – 21.07.2023 –
A construção civil tem sido um dos pilares importantes da economia brasileira nos últimos anos. Hoje, ao mesmo tempo que é o segmento que mais gera novos empregos, conforme dados anunciados pelo Ministério do Trabalho no período de janeiro a março de 2023, também passa pelo desafio da alta de juros.
Junto a isso, no Brasil encaramos um cenário onde 78,5% das famílias estão endividadas, o que torna os recursos como caderneta de poupança e FGTS cada vez menos direcionados para o mercado imobiliário, ou até mesmo para investimentos em reformas residenciais.
Para manter o mercado competitivo, ou até mesmo para seguir práticas mais sustentáveis de negócios no segmento da construção, como pede os novos tempos de mercado, empresas do segmento podem usar de funcionalidades tecnológicas para otimizar os negócios.
1 – Uma das situações mais comuns de momentos econômicos desafiadores, é a procura por repasses de créditos imobiliários. Por meio da tecnologia é possível manter a transparência e velocidade necessárias no processo, garantindo visibilidade sobre o andamento para todos os envolvidos.
2 – Se o desafio é gerenciar o orçamento, seja de uma obra já em andamento ou de um projeto idealizado, é possível ter um controle financeiro detalhado para cada etapa da obra. É possível criar vários cenários e ter assertividade na previsão financeira, melhorando a tomada de decisão e possibilitando rapidamente correções necessárias.
3 – Toda a gestão de contratos de recebíveis, como renegociações, antecipações e distratos são assuntos que também ficam em pauta em períodos desafiadores e que, com apoio da tecnologia, podem ser gerenciados, negociados, e acompanhados em tempo real. Aliado a isso, uma gestão poderosa sobre a inadimplência, onde é possível acompanhar todo o impacto financeiro em seu fluxo de caixa, dando maior poder de gestão e decisão para a empresa.
4 – Outro ganho da tecnologia é a possibilidade de gerenciar toda assistência técnica prestada, o que inclui o fluxo completo de um pedido, desde a primeira queixa até a sua solução. Desta forma, evitando falhas, e consequentemente novos gastos desnecessários. Sabendo que a relação de consumo da cadeia da construção é de longo prazo, manter os registros de assistência técnica armazenados de forma adequada, catalogada e de fácil acesso, evita o desperdício em manutenções desnecessárias, bem como auxiliar a medir a qualidade de entrega efetuada em cada obra.
5 – Quando tratamos de compras e contratações, ferramentas tecnológicas conectam seus departamentos de compra diretamente com fornecedores e prestadores de serviço, agilizando o processo, trazendo transparência a cada processo de contratação, mas principalmente, controlando informações do orçamento estabelecido para cada etapa, preservando assim o fluxo financeiro da empresa. Além disso, uma gestão minuciosa da aplicação destes recursos, sejam insumos ou serviços, no canteiro de obras, traz tranquilidade ao time de engenharia, que pode focar seus esforços na gestão da obra e não em seus controles básicos. Tudo isso é possível com ferramentas que além de otimizar e integrar processos, trazem assinaturas digitais e armazenamento digital, economizando tempo e facilitando a busca quando necessário.
Ao olharmos para todas essas funções que a tecnologia pode desempenhar na gestão da construção civil, fica fácil compreender que estamos tratando não apenas da digitalização das atividades do setor, mas também de auxílios importantes que as inovações podem fornecer para momentos diversos da nossa economia. Trata- se de estarmos preparados para aquilo que esperamos, e mais do que isso, para aquilo que pode nos surpreender e afetar os nossos negócios também.
*Marcos Malagola é diretor de Unidade de Negócios na Senior Sistemas.