Casas inteligentes: padrão de interoperabilidade é o que vai garantir crescimento do setor

Redação – 21.07.2023 – Estudo da GlobalSign estima CAGR de 9,4% até 2030, mas interoperabilidade e segurança são principais desafios para alcançar previsão de crescimento  A GlobalSign afirma que os lares passarão por grandes mudanças nos próximos 20 anos graças a automação das casas. Ao longo da próxima década, as remessas globais de dispositivos para […]

Por Redação

em 21 de Julho de 2023
Redação – 21.07.2023 – Estudo da GlobalSign estima CAGR de 9,4% até 2030, mas interoperabilidade e segurança são principais desafios para alcançar previsão de crescimento 

A GlobalSign afirma que os lares passarão por grandes mudanças nos próximos 20 anos graças a automação das casas. Ao longo da próxima década, as remessas globais de dispositivos para casas inteligentes terão um crescimento anual composto (CAGR) de 9,4%, alcançando mais de 1,7 bilhão de dispositivos até 2030, segundo levantamento realizado pela GlobalSign e a ABI Research. 

O estudo indica que o crescimento desse mercado será impactado pela especificação Matter 1.0, o sistema de interoperabilidade desenvolvido com o apoio dos principais fornecedores e concluído em setembro de 2022. O Matter estabelece um protocolo de comunicação universal baseado em IPv6 para dispositivos domésticos inteligentes, com o objetivo de permitir que diferentes tipos de dispositivos comuniquem-se de maneira interoperável, independentemente do fabricante. 

Segundo a previsão, até 2030, o Matter estará integrado a bilhões de dispositivos domésticos inteligentes. Mesmo os serviços domésticos inteligentes mais básicos, como assinaturas de gerenciamento ou armazenamento de captura de vídeo, gerarão receita superior a US$ 25 bilhões até 2030. 

Segurança é o principal desafio 

As casas inteligentes abrem os espaços privados das pessoas para uma série de terceiros por meio dos dispositivos conectados. A confiança e a segurança tornaram-se as principais preocupações para garantir a proteção dos usuários, bem como para o crescimento do setor. A GlobalSign defende que as áreas prioritárias para proteção são os dados e os dispositivos.  

A proteção dos dados começa com a gestão segura dos dispositivos, desde o hardware até o software, firmware e conectividade. A preocupação central está relacionada ao controle de acesso aos dispositivos (e, portanto, aos dados). Segundo a empresa, os principais desafios concentram-se em garantir: 

  • Modo de segurança
  • Raiz de confiança
  • Identidade do dispositivo
  • Autenticidade do firmware/software
  • Integridade dos dados
  • Segurança da comunicação

A implementação dessas tecnologias de forma consistente enfrenta dificuldades, em grande parte, devido à natureza fragmentada do mercado de casas inteligentes. Isso traz ainda mais relevância para o Matter, que requer o uso de identidades de dispositivos para dispositivos domésticos inteligentes. 

A GlobalSign explica que o Matter também inclui detalhes sobre uma camada de segurança para fornecer uma base de serviço de rede para comunicação segura, incluindo um conjunto básico de primitivas criptográficas. A empresa defende que padrões como o Matter e outros como o ETSI EN 303 645, por exemplo, são essenciais para impulsionar a interoperabilidade entre várias tecnologias domésticas inteligentes e para criar uma base de segurança para a automação dos lares.