Desligamento da Linha de Transmissão Quixadá-Fortaleza II iniciou interrupção de energia no SIN

Redação – 17.08.2023 – O desligamento isolado não causaria o impacto visto no Sistema Interligado Nacional (SIN) e este é um ponto que ainda está sendo apurado O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu a análise preliminar dos eventos ocorridos em 15 de agosto de 2023. Foi constatado que o primeiro evento da ocorrência […]

Por Redação

em 17 de Agosto de 2023
Redação – 17.08.2023 – O desligamento isolado não causaria o impacto visto no Sistema Interligado Nacional (SIN) e este é um ponto que ainda está sendo apurado

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu a análise preliminar dos eventos ocorridos em 15 de agosto de 2023. Foi constatado que o primeiro evento da ocorrência foi a abertura, por atuação incorreta da proteção, da LT 500 kV Quixadá-Fortaleza II. O desligamento isolado não causaria o impacto visto no Sistema Interligado Nacional (SIN) e este é um ponto que ainda está sendo apurado.

Neste momento, as equipes do ONS seguem aprofundando a análise da ocorrência, estando prevista para o dia 25 de agosto próximo a realização de reunião com os agentes envolvidos, além do Ministério de Minas e Energia (MME)  da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para avaliar detalhadamente as causas e as consequências da ocorrência. Essa avaliação será consolidada em um Relatório de Análise da Perturbação (RAP), que leva cerca de 30 dias para ser concluído.

O levantamento realizado até o momento da sequência de eventos verificada em 15 de agosto de 2023, quando foi registrada interrupção no fornecimento de cerca de 18.900 MW no SIN, indica que houve, após a abertura da linha, afundamento brusco de tensão seguido da atuação de proteções de caráter sistêmico instaladas no SIN, as quais têm por objetivo conter e minimizar a propagação das perturbações no SIN, além das proteções intrínsecas dos equipamentos.

De acordo com as conclusões preliminares já alcançadas, as proteções sistêmicas, que são mecanismos automáticos de intervenção no SIN, com destaque para a proteção de perda de sincronismo (PPS) e o Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), foram sensibilizadas de modo a evitar oscilações no sistema após a ocorrência do distúrbio inicial. As indicações preliminares são de que a atuação dessas proteções foi correto. Além disso, cabe destacar que a atuação do ERAC foi uma das razões que permitiu o rápido restabelecimento de 100% da carga no Sul e no Sudeste/Centro-Oeste em aproximadamente uma hora.

“Tivemos um evento de grandes proporções e uma resposta ativa e adequada. A análise preliminar aponta as causas do ocorrido e agora vamos aprofundar os estudos para redefinir mecanismos de prevenção. As ações de segurança que foram adotadas permitiram, por exemplo, que subsistemas que não estavam no centro do problema tivessem uma retomada mais rápida da carga. Por fim, destaco que o ONS se comprometeu a apresentar as primeiras conclusões em até 48 horas e estamos cumprindo este prazo. Nosso papel é esse: gerir o SIN de forma eficiente, transparente, responsável e à serviço da sociedade brasileira”, afirma o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.

Entenda o ocorrido e a cronologia da recomposição das cargas desligadas:

A ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN) provocou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, com abertura das interligações entre essas regiões.

• Às 08h43 foi iniciado o restabelecimento das cargas da região Sul, sendo concluída às 09h05

• Às 08h52 iniciado o restabelecimento das cargas do Sudeste/Centro-Oeste, sendo concluída às 09h33

• O SIN foi 100% recomposto às 14h49