Redação – 01.09.2023 – Parte desse investimento pode ser feita em uma usina de biogás na área do porto, que precisa passar por estudos de viabilidade
A Prumo Logística, holding responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, prevê investir R$ 15 bilhões em projetos voltados à transição energética ao longo dos próximos dez anos no complexo porto-indústria, localizado na região norte do Rio de Janeiro. A divulgação foi feita durante o Prumo Day, evento realizado no Rio de Janeiro (RJ) na quarta-feira (30/9).
A intenção da empresa é transformar o terminal no principal porto da transição energética no Brasil. Os projetos de transição energética incluem memorandos de entendimento e outros acordos já assinados para instalação de projetos eólicos offshore e plantas de hidrogênio renovável, soluções para a siderurgia de baixo carbono, produção de fertilizantes nitrogenados, geração solar fotovoltaica e de biogás.
Entre os acordos já anunciados pelo Grupo, estão parcerias para desenvolver plantas de hidrogênio verde com SPIC Brasil, além de projetos de eólica offshore com EDF Renewables, TotalEnergies e Neoenergia.
Um desses projetos é a usina de biogás, uma parceria com a Geo Bio Gas&Carbon anunciada durante o evento. As empresas vão realizar um estudo de viabilidade para uma potencial instalação de planta de geração de biogás no porto-indústria ou em regiões adjacentes.
Pelos termos do Memorando de Entendimentos (MOU), será avaliada a instalação da fábrica e também o uso da infraestrutura logística de apoio do Açu, incluindo plantas de purificação, produção de biocombustíveis, liquefação e unidade de produção de hidrogênio de baixo carbono.
A unidade será a primeira dedicada à produção de biogás no Açu e o objetivo é que o biogás possa atender as empresas instaladas no complexo portuário. Com tecnologia proprietária da Geo Bio Gas&Carbon, a planta em estudo terá capacidade de produção de 200 mil m³/dia de biometano.
Ainda há discussões em curso para a conexão do Porto do Açu com a malha de gasodutos doméstico, através da NTS ou da TAG, fator importante para a constituição da parceria já que há a possibilidade de escoamento do biogás através destas rotas futuras. Os estudos devem ser desenvolvidos por até dois anos até a decisão de investimento.