Redação – 06.11.2023 – Empresas elaboraram um roteiro claro para incentivar a eletrificação das operações portuárias no prazo de dois a oito anos
A eletrificação dos equipamentos voltados à movimentação de contêineres (CHE, na sigla em inglês) pode levar de dois a oito meses, segundo uma pesquisa do setor. Esse tempo considera que as empresa que atuam nos diversos elos da cadeia portuária desejem trocar de CHEs movidos a diesel para versões elétricas, que usam baterias.
O CHE é uma classe de equipamentos essenciais às operações portuárias, utilizados para movimentar contêineres dentro e fora dos navios, nos 940 portos de contêineres do mundo. Em 2020, a frota global desse tipo de equipamento permitiu o transporte de 815 milhões de TEUs, com valor total de US$ 8,1 trilhões. Estimada entre 100 mil e 120 mil unidades, a frota global de CHE é responsável pela emissão de cerca de 10 a 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano (escopo 1 e escopo 2).
A pesquisa constatou que os desafios que dificultam a adoção do CHE elétrico movido à bateria podem ser superados. O ponto de inflexão para a substituição de CHE à diesel por CHE elétrico, movido à bateria, pode ocorrer nos próximos dois a oito anos, desde que as partes interessadas do setor adotem as medidas agora.
Como fazer a transição
A APM Terminals e a DP World, com base nos dados da pesquisa, preveem uma série de ações que podem ser tomadas para atingir esse ponto de inflexão, incluindo tornar a operação net zero uma exigência, como parte das novas concessões de portos, e ter os operadores de terminais e fabricantes de equipamentos trabalhando juntos, para aumentar a demanda.
Além disso, os fornecedores podem trabalhar para desenvolver ainda mais suas cadeias de suprimentos e padronizar determinados componentes, com o apoio dos operadores de terminais.
A APM Terminals e a DP World incentivam os demais players do setor a apoiar seus objetivos. Como próxima etapa, os parceiros estão se preparando para mobilizar a colaboração de todo o setor em torno da eletrificação de CHE e das operações portuárias net zero.