Construção civil oferece cerca de 15% do total de empregos no Brasil

Redação – 13.11.2023 – Mercado está aquecido, com crescimento na intenção de compra de imóveis Durante webinar promovido recentemente pela Brain Inteligência Estratégica, especialistas discutiram os dados sobre o setor da construção civil e as expectativas para o final deste ano e para 2024. De acordo com números apresentados pela economista Carla Santos, a construção […]

Por Redação

em 13 de Novembro de 2023
Redação – 13.11.2023 – Mercado está aquecido, com crescimento na intenção de compra de imóveis

Durante webinar promovido recentemente pela Brain Inteligência Estratégica, especialistas discutiram os dados sobre o setor da construção civil e as expectativas para o final deste ano e para 2024. De acordo com números apresentados pela economista Carla Santos, a construção civil representa atualmente cerca de 15% do saldo total de empregos no Brasil.

Para Guilherme Werner, Consultor da Brain Inteligência Estratégica, apesar das incertezas levantadas no início de 2023, o mercado imobiliário brasileiro vem demonstrando resiliência. Isso seria resultado de várias mudanças positivas, incluindo a otimização das operações das empresas do setor e melhorias no ambiente regulatório.

A taxa de desemprego no Brasil vem diminuindo, criando uma sensação de estabilidade no mercado de trabalho. Essa estabilidade desempenha um papel fundamental nas decisões de compra de imóveis. Além disso, o rendimento médio da população tem aumentado. Em 2022, houve um ganho real de renda de 7%, o que contribuiu para um cenário econômico mais favorável.

Segundo Maria Fernandes, economista chefe da Brain Inteligência Estratégica, a perspectiva macroeconômica também tem se demonstrado promissora. “As taxas de juros, representadas pela SELIC, estão previstas para diminuir, e a inflação está sob controle. Esses fatores (junto com a taxa de emprego) estão impulsionando o otimismo no mercado de construção, com fortes taxas de emprego e rendimentos crescentes”, apontou.

A análise corrobora com a divulgação do último boletim Focus do Banco Central, no último 3 de novembro, que divulgou o comportamento de indicadores macroeconômico. A taxa IPCA está atualmente em 4,63%; o PIB em 2,89%; e a SELIC em 11,75%. Sendo que esta última vem sofrendo queda desde o último mês de agosto.

Compra de imóveis

O cenário pode estar por trás do aumento da intenção de compra. Segundo Fernanda Santos, analista de pesquisa, nos últimos 12 meses um percentual elevado de entrevistados (10% das famílias) comprou imóveis, com a maioria das compras feitas por investidores, indicando um mercado aquecido. Além disso, as compras imobiliárias não se limitam a residências; imóveis comerciais e de lazer também têm sua relevância.

Ainda de acordo com a analista, a intenção de compra de imóveis tem variado de acordo com a geração e a renda. A geração Y (nascidos entre 1982 e 1994), e a geração Z (nascidos a partir de 1995 até aproximadamente 2010) têm buscado a formação de novos núcleos familiares e saída da casa dos pais, enquanto os Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1964) têm maior foco em investimento imobiliário.

A pesquisa também destaca que o público com alta renda mantém uma intenção de compra significativa, e o público com renda média está em crescimento nesse aspecto. Já o Panorama Geral do Ciclo da Incorporação Imobiliária no Brasil, feito pela CV CRM em parceria com a DataLand, mostra que, até agora, 79.180 unidades foram comercializadas na plataforma da CV CRM este ano.

O crescimento da intenção de compra e do perfil dos compradores, por outro lado, parece desafiar o mercado para 2024. Segundo João Silva, especialista em mercado imobiliário, o estoque de imóveis no Brasil está abaixo da demanda, inclusive em grandes mercados, como São Paulo. “Condomínios fechados, lotes menores e produtos de segunda moradia estão sendo bem recebidos, refletindo uma demanda por imóveis em diferentes regiões do país”, informou. Além disso, a crescente demanda por mão de obra na construção civil começa a gerar desafios ao setor, e em 2024 a indústria pode enfrentar questões importantes neste sentido.