Com proposta única, trem entre SP e Campinas é licitado em projeto de R$ 12,5 bi

Redação – 01.03.2024 – Consórcio vai operar três trajetos, incluindo a Linha Rubi-7; BNDES já garantiu financiamento de R$ 6,4 bilhões para o projeto Com única licitante, o leilão de licitação do projeto do Trem InterCidades (TIC) Eixo Norte – que vai ligar Campinas a São Paulo em um trajeto de 101 quilômetros – finalmente […]

Por Redação

em 1 de Março de 2024
Redação – 01.03.2024 – Consórcio vai operar três trajetos, incluindo a Linha Rubi-7; BNDES já garantiu financiamento de R$ 6,4 bilhões para o projeto

Com única licitante, o leilão de licitação do projeto do Trem InterCidades (TIC) Eixo Norte – que vai ligar Campinas a São Paulo em um trajeto de 101 quilômetros – finalmente aconteceu nesta quinta-feira (29/2). O vencedor foi o Consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos, que venceu com a oferta simbólica de desconto sobre a contraproposta pecuniária máxima de 0,01%. O TIC será um investimento de R$ 12,5 bilhões e a expectativa é de que transporte 550 mil passageiros por dia.

O consórcio é integrado pela Comporte Participações SA e a CRRC Hong Kong, que vão explorar a concessão do serviço durante 30 anos. Além do trajeto entre Campinas e São Paulo, com parada em Jundiaí, o projeto também integra o chamado Trem Intermetropolitano (TIM), serviço parador entre Francisco Morato e Jundiaí com 44 quilômetros de extensão, atravessando oito municípios. Por fim, os dois trajetos se ligarão à Linha 7-Rubi, que também foi privatizada.

O Consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos será responsável pelas três linhas. No edital, a concessão prevê valor médio de até R$ 50 para o serviço do TIC, trem expresso que promete ligar as duas cidades em uma hora. Já no trajeto TIM, com parada em Jundiaí, o valor será de R$ 14,05. O bilhete da Linha 7-Rubi seguirá a tarifa pública estipulada pelo estado.

Financiamento do BNDES

Para viabilizar o Trem InterCidades, foi preciso que o BNDES apresentasse uma aprovação de crédito antes mesmo do projeto ser licitado, garantindo uma segurança para quem vencesse o leilão. Ainda em setembro de 2023, o banco estatal aprovou financiamento no valor de R$ 6,4 bilhões para apoiar o aporte público do Estado de São Paulo.

O BNDES diz que, tipicamente em projetos de Parceria Público Privadas (PPP) com aportes relevantes, a garantia é algo difícil e que pode esvaziar os leilões. Assim, o financiamento serviu como um tipo de “garantia” do aporte para os investidores, conferindo maior segurança e atratividade ao leilão. A expectativa é de que essa solução poderá ser utilizada em outros projetos de infraestrutura.