Redação – 08.04.2024 – Função da sondagem de solo é analisar sua resistência, o que pode dizer o quão suscetível às chuvas e ao desmoronamento ele é
A sondagem do solo tem surgido como uma ferramenta na prevenção de desastres naturais, especialmente em áreas propensas a escorregamentos e rupturas. Com o objetivo de analisar o tipo de solo, sua resistência e outras características ao longo da profundidade de perfuração, essa técnica fornece informações valiosas para determinar o fator de segurança e, consequentemente, os riscos associados.
De acordo com Mauricio Malanconi, fundador e diretor da Suporte Sondagens, a sondagem é essencial para compreender os parâmetros de resistência local, que, quando combinados com a declividade do terreno e a intensidade das chuvas, permitem uma avaliação mais precisa dos riscos de deslizamentos. Um solo muito saturado devido aos períodos chuvosos perde drasticamente sua resistência, tornando essa época crítica e propensa a ocorrências de rupturas e deslizamentos, o que gera mais um motivo para se fazer a sondagem.
O executivo explica que as empresas executoras e contratantes organizam os dados obtidos por meio da sondagem em bancos de dados georreferenciados. Esses dados, que são organizados espacialmente, podem ser utilizados na determinação de zonas de risco. Além disso, por meio de algoritmos que consideram variáveis como a quantidade de chuva prevista e o relevo, é possível emitir alertas precoces, ajudando a evitar desastres.
Para áreas identificadas como de alto risco, a instalação de equipamentos de monitoramento é uma solução cada vez mais adotada. Isso permite um acompanhamento contínuo da movimentação das encostas, fornecendo dados essenciais para a tomada de decisões e a implementação de medidas preventivas.
Em resumo, a sondagem do solo emerge como uma ferramenta indispensável na gestão de riscos naturais, oferecendo informações cruciais para a prevenção de desastres e a proteção de comunidades vulneráveis.