Anatel quer “operador neutro” para serviços de rede a utilities

Redação – 22.04.2024 – Vantagem estaria no custo de operação e manutenção dessa rede, mas setor considera ideia difícil A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sugeriu o uso de uma rede móvel neutra para o uso privado para o setor de utilities. A ideia veio de Carlos Baigorri, presidente da Anatel, em sua participação na […]

Por Redação

em 22 de Abril de 2024
Redação – 22.04.2024 – Vantagem estaria no custo de operação e manutenção dessa rede, mas setor considera ideia difícil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sugeriu o uso de uma rede móvel neutra para o uso privado para o setor de utilities. A ideia veio de Carlos Baigorri, presidente da Anatel, em sua participação na UTCAL 2024, que aconteceu no último dia 11 no Rio de Janeiro. A sugestão envolve a divisão de custos entre as operadoras e a manutenção realizada por um operador neutro, criado para gerenciar a rede a ser usada por empresas de utilities.

Carlos Baigorri, presidente da Anatel, durante fala no UTCAL Summit 2024 (foto: reprodução site Anatel).

“Não sei se faz sentido cada distribuidora ter sua própria rede de telecom para coletar dados. Uma rede própria gera valor, mas também muitos custos e riscos. E eles são multiplicados se não houver uma operação de escala significativa”, lembrou Baigorri. Com a divisão dos custos de espectro, core de rede, equipamentos, entre outros, há uma redução expressiva do Opex, o que pode fazer valer a operação neutra.

De acordo com o portal Mobile Time, as utilities podem usar as faixas de 410 MHz a 450 MHz, entre outras. Em fevereiro deste ano, a Anatel aprovou os requisitos técnicos e operacionais que dão preferência para essas bandas quando destinadas ao serviço limitado privado (SLP) por empresas que atuam no provimento de energia elétrica, gás e saneamento. Para a UTCAL, associação que representa as operadoras da América Latina, a faixa de 450 MHz é a mais interessante em se trabalhar com o setor elétrico, algo que a própria Anatel já corroborou.

Para Dimitri Wajsman, presidente da UTCAL, a sugestão de Baigorri não tem como acontecer na prática, devido ao tamanho do Brasil. Em outros países menores e com menor número de empresas, isso é possível. “Como se faz isso? Cria-se uma empresa de telecomunicações que vai obrigatoriamente fornecer todos os serviços para as utilities?”, questionou.

Fonte: Mobile Time