Redação – 03.05.2024 – Relatório da Aggreko traça um panorama do modelo de negócio da energia na região
Segundo o “Relatório de Transição Energética na América Latina: estratégias, barreiras e oportunidades”, lançado como um e-book pela Aggreko, 35% dos entrevistados em toda a América Latina pela adoção dar Energia como Serviço como um modelo de negócio, no qual uma empresa fornece e gerencia todos os aspectos da infraestrutura de energia para seus clientes, incluindo instalação, operação, manutenção e até mesmo o financiamento de sistemas de energia.
Em seguida, aparece O&M – Operação e Manutenção (32%) – modelo que em que a empresa prestadora do serviço é responsável por garantir que as instalações funcionem de maneira eficiente e confiável ao longo do tempo; e “Direct Selling” (19%), que envolve a venda direta de energia, onde os fornecedores de energia vendem eletricidade ou outros produtos diretamente aos consumidores finais, sem intermediários.
Alguns países específicos destoam em suas escolhas, como a Colômbia, em que apenas 13% se sentem mais confortáveis com o modelo O&M, com 55% preferindo o “Energy as a Service”. Já no Chile, a preferência se inverte, com 40% preferindo O&M.
A pesquisa foi realizada com mais de 830 profissionais do setor elétrico e de infraestrutura – desde concessionárias e empresas de T&D, até agências reguladoras, empresas de geração distribuída e prestadoras de serviço relacionados à utilities – em 13 países latino-americanos, entre gerentes, diretores, supervisores, engenheiros e consultores.
Dados do Brasil
Dois terços dos profissionais do setor energético brasileiro consideram a transição para fontes de energia sustentáveis como uma oportunidade de negócio. Um terço dos entrevistados brasileiros diz que a transição para fontes de energia sustentáveis é a principal prioridade comercial e já temos muitas soluções sustentáveis e planos em vigor. Do outro lado, 26% considera que o principal motivo pelo qual a sua empresa não está fazendo a transição para fontes de energia sustentável neste momento é a falta de clareza sobre a legislação, os regulamentos e os subsídios.
Transição é positiva
A pesquisa também revelou que as empresas latino-americanas têm uma visão geral positiva em relação à transição para fontes de energia sustentável, com 65% considerando-a uma oportunidade significativa. Um terço dos respondentes veem a transição para fontes de energia sustentáveis como uma prioridade máxima e já têm planos sustentáveis em vigor. Outros 20% a classificam entre as três principais preocupações relacionadas aos negócios.
Sobre quais fontes são vistas como as protagonistas nessa transição, 84% mencionaram a energia solar, 72% a eólica e 43% hidráulica. Além disso, tecnologias emergentes, como o hidrogênio e o armazenamento de energia por bateria, estão ganhando força, indicando um olhar atento para inovações que impulsionarão a transição. Vale ressaltar que as soluções híbridas (26%), que combinam fontes renováveis e fósseis, também são consideradas importante.
Quanto ao fator de maior relevância a ser trabalhado para aumentar a penetração de fontes de energia renováveis, o investimento estrutural foi destacado por 35% dos entrevistados. Tal investimento pode incluir o desenvolvimento de infraestrutura, modernização de redes elétricas e a atualização de instalações para acomodar fontes de energia limpa. 22% dos entrevistados também destacam a integração de soluções de armazenamento de energia como um fator crítico para impulsionar a adoção de energias renováveis, ressaltando a importância de estratégias de armazenamento para lidar com a intermitência dessas fontes.