Redação – 13.05.2024 – Santos Brasil registra R$ 147,8 milhões de lucro líquido no 1º trimestre, período em que foram movimentados 333.431 contêineres nos terminais da companhia
A Santos Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2024 (1T24) com lucro líquido de R$ 147,8 milhões (+222,2% no ano a ano) e margem líquida de 23% (+12,2 p.p.). A receita líquida consolidada da Companhia foi de R$ 645,2 milhões (+51,1%), sendo a receita líquida dos terminais de contêiner e carga geral 70% superior. O EBITDA da companhia somou R$ 321,3 milhões (+109,5%), com aumento de 14 pontos percentuais na margem EBITDA, que alcançou 50%. Neste mesmo período, os terminais de contêiner da Santos Brasil movimentaram 333.431 unidades (+27,3%).
O resultado do trimestre reflete o bom desempenho dos terminais de contêiner e carga geral, cujo EBITDA cresceu 128,3% em relação a 2023, chegando a R$ 300 milhões, e a margem EBITDA saltou 15,4 pontos percentuais na mesma comparação, para 60%. Os números foram resultado da alavancagem operacional fruto do maior volume movimentado no período nos três terminais da companhia e de novos serviços que passaram a operar no Tecon Santos e Tecon Imbituba, além dos reajustes contratuais nos serviços de cais ao longo de 2023 e do maior dwell time (tempo de permanência) na armazenagem de contêineres importados.
Somente no primeiro trimestre, a Santos Brasil investiu R$ 116 milhões, sendo R$ 74 milhões na expansão da capacidade dos terminais de granéis líquidos no Porto do Itaqui e R$ 40 milhões na aquisição de equipamentos e aumento da capacidade do Tecon Santos. Até o final do ano, a expectativa é fechar 2024 com CapEx da ordem de R$ 730 milhões.
Além dos investimentos na expansão e modernização dos ativos atuais, a estratégia de alocação de capital da companhia também está centrada na remuneração de capital dos acionistas por meio do pagamento de proventos. No primeiro trimestre, foram distribuídos R$ 72,4 milhões – que se somam aos 141,4 milhões pagos em abril deste ano –, entre juros sobre o Capital Próprio e dividendos complementares, relativos ao resultado do exercício social de 2023.
Resultado dos terminais
Da movimentação dos três terminais de contêineres, os maiores volumes são de longo curso (+30,4%), que respondeu por 78,6% do total movimentado no trimestre (vs. 76,7% no 1T23), reflexo de mais importações (+24,0%) e exportações (+16,3%), assim como cabotagem (+17,0%). Já o aumento da volumetria experimentou significativa melhora no mix operacional que, além da maior movimentação de contêineres refrigerados (reefers), contabilizou 251.407 contêineres cheios (+33,3%), dos quais 72.935 de importação (+35,1%).
O Tecon Santos movimentou 296.427 contêineres (+28,8%), com aumento de 31,3% no longo curso, fruto de crescimento orgânico do Porto de Santos, em especial de maiores embarques de café, açúcar, algodão e carne congelada; e do aumento das importações de plásticos e químicos. No trimestre, os dois novos serviços que iniciaram suas operações no terminal santista (ZIM e MSC), entre janeiro e fevereiro, representaram 4% do volume total de longo curso do Tecon, proporção que pode aumentar nos próximos trimestres, à medida em que acontecer a maturação dos serviços. A cabotagem, por sua vez, cresceu 17,2% no 1T24, beneficiada pelo início do novo serviço da Norcoast em fevereiro.
No primeiro trimestre, o Tecon Imbituba movimentou 13.633 contêineres (+27,0%), com o início, em fevereiro, de um novo serviço de longo curso da CMA CGM, importante marco para o Porto de Imbituba. Além disso, houve crescimento de 11,0% na cabotagem, com a normalização do fluxo após experimentar retração no ano de 2023.
A soma da movimentação do Tecon Vila do Conde foi de 23.371 contêineres (+11,1%), com destaque para os volumes de exportação (+16,2%), principalmente de produtos da indústria extrativa, além do crescimento de 23,2% na cabotagem.
A Santos Brasil Logística apresentou crescimento de 9,3% no número de contêineres armazenados nos Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (CLIA), efeito do maior volume de importações no Porto de Santos; mas redução de 39,7% na movimentação de pallets nos Centros de Distribuição, resultado da menor demanda de clientes do setor automotivo.
Já o Terminal de Veículos (TEV) fechou o trimestre com queda nos volumes: foram movimentadas 40.400 unidades (-27,0%), principalmente devido às menores exportações para países do Mercosul.
Em contrapartida, os terminais de líquidos operados pela Companhia em Itaqui (MA) registram EBITDA de R$ 7,6 milhões. No mesmo período do ano passado, foi apurado R$ 0,3 milhão, o que reflete a trajetória ascendente da unidade de negócio de granéis líquidos.