Redação – 14.05.2024 – Foram R$ 4,4 milhões em lucro líquido, o primeiro saldo positivo desde o terceiro trimestre de 2021
A Construtora Tenda anunciou lucro líquido positivo consolidado de R$ 4,4 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), um marco importante para a companhia mesmo aparentando ser pouco, uma vez que o último lucro havia ocorrido no 3T21. A margem líquida no período foi de 0,6%. A dívida líquida ainda apresentou redução de R$ 108 milhões no trimestre.
Foram 13 novos empreendimentos lançados no período, com unidades negociadas ao preço médio de R$ 214,4 mil por unidade, movimentando R$ 763,2 milhões. Entre eles, inclui-se o empreendimento “The Place Barra Funda”, lançado em parceria com a Cury, totalizando 985 unidades e aproximadamente R$ 258,0 milhões de VGV, do qual a companhia possui participação de 35%.
A construtora diz que algumas movimentações do segmento influenciaram essa virada, incluindo o RET 1%, que começou a vigorar em março e já teve impacto nesse trimestre, com maior geração a partir de abril; além da aprovação do FGTS Futuro, que está em vigor desde abril.
O preço de vendas ainda teve um aumento em relação ao trimestre anterior, puxado pelo volume de unidades vendidas em São Paulo, seguindo estratégia de evolução gradativa e melhora na margem dos projetos. Com isso, a margem bruta de novas vendas se manteve no patamar de 33%. Já a VSO no período ficou em 30,4%, em linha com o objetivo de 25% a 30%. A combinação das reduções dos lançamentos e nos distratos no período, em comparação a períodos anteriores, também contribuiu para a VSO alcançar esse patamar.
Com essas decisões, o lucro bruto ajustado no período foi de R$ 200 milhões no consolidado, representando um aumento de 35,1% em comparação ao 1T23. A margem bruta ajustada, por sua vez, atingiu 26,9% – uma melhora de 4,1 p.p. em relação ao 1T23 e 2,2 p.p. em comparação ao 4T23.
A empresa de construção off-site, Alea, registrou margem bruta ajustada de 6,5% (vs – 10,7% no 4T23), reforçando expectativa de crescimento gradativo da margem bruta consolidada no decorrer do ano.
Para breve, a companhia espera reverter a provisão para devedores duvidosos (PDD) que, por conta de um problema operacional e não recorrente na migração do seu SAP, a migração e atualização do sistema trouxe uma inesperada instabilidade na integração com o sistema interno de cobrança, o que gerou instabilidade na arrecadação e volume de cobrança ao longo do primeiro trimestre.
Diante disso, apresentou índice de 3,6% da receita bruta no 4T23, para 5,9% no 1T23. Em abril, a expectativa é que o sistema de cobrança já esteja funcionando sem nenhuma intercorrência, e, portanto, a PDD retome para o patamar esperado para o ano, em linha com o 4T23.