Arquiteto apresenta “cidades-esponja” como prevenção a desastres naturais em evento do BNDES

Redação – 21.06.2024 – Conceito desenvolvido por Kongjian Yu usa cidade para filtrar excesso de água e concedeu prêmio internacional ao arquiteto O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu na última terça-feira (18/6) um debate sobre a reconstrução de cidades após desastres naturais. Durante o evento, Kongjian Yu, arquiteto e paisagista da […]

Por Redação

em 21 de Junho de 2024
(foto: Andre Telles/BNDES).
Redação – 21.06.2024 – Conceito desenvolvido por Kongjian Yu usa cidade para filtrar excesso de água e concedeu prêmio internacional ao arquiteto

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu na última terça-feira (18/6) um debate sobre a reconstrução de cidades após desastres naturais. Durante o evento, Kongjian Yu, arquiteto e paisagista da Universidade de Pequim, apresentou o conceito de cidades-esponja como uma forma de prevenir enchentes.

O método defendido pelo chinês consiste em planejar uma cidade para que consiga lidar com o excedente das águas, ao filtrar o excesso. A ideia surgiu para enfrentar as monções, eventos climáticos típicos do sul e sudeste asiático caracterizados por ventos sazonais que alteram sua direção de costume, direcionando para uma localidade específica e que é afetada com chuvas intensas.

Yu diz ser possível utilizar a vegetação para amenizar o problema. Em sua apresentação, o convidado deu alguns exemplos de cidades-esponja, como Jinhua e Taizhou, em seu país natal. O conceito deu a Yu o Prêmio Oberlander 2023. Organizado bienalmente, o prêmio tem como objetivo reconhecer e dar visibilidade à arquitetura paisagística e às formas como ela pode abordar questões relacionadas às mudanças climáticas e à sustentabilidade.

Kongjian Yu durante sua palestra no evento do banco estatal (foto: Andre Telles/BNDES).

Emma Torres, vice-presidente da área de América Latina do UN SDSN e Co-Presidente da SDSN Amazônia, complementou a apresentação de Yu destacando a importância do investimento em cidades sustentáveis, inclusive na Amazônia. “A biodiversidade da Amazônia precisa ser um exemplo, que poderá ser seguido por várias outras regiões litorâneas com florestas. É muito importante a restauração da natureza como elemento central do desenvolvimento de uma cidade.”

Iniciativas do BNDES para mudanças climáticas

Quem também discursou no evento foi o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Ele defende que bancos públicos desenvolvam soluções para lidar com tragédias como a que assolou o Rio Grande do Sul em maio. Ele citou o Fundo Clima, iniciativa para investir R$ 1 bilhão no plantio de árvores. Por enquanto, o banco alocou metade do valor e publicou o primeiro edital.

Sobre a crise no estado gaúcho, o BNDES suspendeu todos os pagamentos de financiamento para todas as empresas locais, com impacto potencial de R$ 7 bilhões no caixa do banco. Também foi implementada a linha de crédito BNDES Emergencial, com R$ 15 bilhões alocados para empréstimos a taxas de até 0,6% ao mês para investimento.