Redação – 02.07.2024 – Conclusão de obra abre caminho para Santa Catarina triplicar produção de gás natural
A construção do Terminal Gás Sul (TGS), na Baía de Babitonga, em Santa Catarina, encerrou e a proprietária do empreendimento, a New Fortress Energy, já pode se preparar para começar as operações. A expectativa é de que o terminal possa fornecer até 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, representando um aumento de mais de três vezes no total anteriormente disponível no estado de Santa Catarina.
Localizado a 300 metros da costa da cidade de São Francisco do Sul, o TGS possui infraestrutura para receber e armazenar gás natural liquefeito (GNL), regaseificar e distribuir. O gás chega ao terminal pelo mar através de navios metaneiros, de onde é transferido pelo sistema ship to ship para a FSRU (unidade flutuante de armazenamento e regaseificação) Energos Winter, já atracada no Terminal, que possui capacidade de armazenar 160 mil metros cúbicos de GNL. O TGS se interliga ao GASBOL (Gasoduto Bolívia-Brasil) através de 33 quilômetros de dutos, permitindo distribuir gás para diversos municípios da região Sul do Brasil.
A Tenenge, empresa da OEC especializada no mercado de obras industriais, foi quem concluiu a obra do Terminal Gás Sul após a finalização do comissionamento e execução do teste de performance do empreendimento. De acordo com a empresa, trata-se de uma obra que inaugura nova fase na economia catarinense, viabilizando maior oferta de gás natural para indústrias e a população em geral.
Segundo a Companhia de Gás de Santa Catarina, o gás natural abastece mais de 350 indústrias catarinenses. De acordo com dados de maio de 2023, 354 indústrias utilizam o combustível como fonte de energia, e se distribuem entre 50 municípios catarinenses. Este índice aponta um crescimento de cerca de 22% no número de consumidores industriais nos últimos quatro anos.
Joinville, Jaraguá do Sul e Blumenau são as cidades que mais concentram indústrias abastecidas a gás. Destaca-se o setor cerâmico, grande responsável pelo consumo de mais da metade do volume total de gás distribuído no estado, seguido pelas fábricas metalúrgicas, com 20% de participação no volume.