95% das obras de imóveis no País não chegaram nem na metade da conclusão

Redação – 18.07.2024 – A porcentagem preocupa porque, quanto mais inicial o estágio da construção, maior o risco para o investidor Um levantamento feito por inteligência artificial criou o Índice Swiss Capital de andamento das Obras (ISCAO), que mensura como está o andamento das construções de imóveis comerciais e residenciais de todo o País. No […]

Por Redação

em 18 de Julho de 2024
Redação – 18.07.2024 – A porcentagem preocupa porque, quanto mais inicial o estágio da construção, maior o risco para o investidor

Um levantamento feito por inteligência artificial criou o Índice Swiss Capital de andamento das Obras (ISCAO), que mensura como está o andamento das construções de imóveis comerciais e residenciais de todo o País. No total, são monitorados 604 empreendimentos, de 145 empresas distintas, com mais de R$ 24 bilhões em VGV. Atualmente, 95,21% das obras estão abaixo de 50% concluídas.

A porcentagem preocupa porque, quanto mais inicial o estágio da construção, maior o risco para o investidor e, consequentemente, maior a rentabilidade. A Swiss Capital, que criou o índice, explica que, mesmo estando abaixo dos 50%, em certos casos faz sentido para o investidor pessoa física alocar recursos nesse projeto porque ele obterá maior lucro. Ou seja, acima dos 50% é mais fácil conquistar o interesse do investidor institucional e, abaixo dos 50%, do investidor PF.

Ainda segundo a empresa, as obras inacabadas da construção civil afastam os investidores de fundos de investimento, porque elas representam um alto risco financeiro e incerteza sobre o retorno. As obras paralisadas são ainda piores, pois indicam problemas de má gestão, falta de financiamento e imprevistos que podem atrasar ou impedir a conclusão do projeto. Além disso, obras inacabadas afetam a confiança no setor e podem desvalorizar os ativos imobiliários envolvidos.

Reforma tributária pode impactar setor de imóveis

Um estudo da CBIC mostra que a carga tributária da habitação pode subir de 23,2% para até 103,7% com a atual proposta de regulamentação da reforma tributária. Isso traria um impacto em cascata para o setor, que prevê o repasse da carga tributária para o consumidor, aumentando ainda mais o preço dos imóveis. Como reflexo, isso diminuiria o interesse na casa própria e diminuiria os investimentos em projetos de habitação.

Segundo a CBIC, o valor médio do lote pode passar de R$ 150 mil para R$ 171,3 mil com a reforma. Os aluguéis também seriam atingidos, com o valor médio subindo de R$ 3,5 mil para R$ 3,8 mil.