Redação – 19.07.2024 – Especialista da Max Mohr, empresa de argamassa e concreto de Blumenau, explica os benefícios de usar o material em vez de asfalto
O uso de asfalto em corredores de ônibus ainda é comum no Brasil, o que afeta a qualidade do transporte já que esse tipo de pavimento se desgasta mais rapidamente. É comum que peso dos ônibus, com as freadas e as altas temperaturas no verão, causem ondulações no asfalto, por exemplo. Como resposta, as cidades têm investido no Pavimento Urbano de Concreto (PUC), que pode ser visto em BRTs de cidades como São Paulo e Campinas (SP).
Os benefícios do uso do PUC não se limitam à qualidade e durabilidade da via: o material absorve entre 8 e 10 graus a menos que o asfalto comum, segundo testes feitos pela Max Mohr, especialista em argamassa e concreto. A empresa afirma que a opção é mais econômica, necessita de pouca escavação, gera menos lixo durante a construção e possui uma concretagem mais rápida e sem contaminações. Até o espaçamento entre os postes de energia pode ser maior, já que a cor do material é mais clara e traz maior luminosidade.
Para Cleiton Coelho, gerente de tecnologia e inovação e mestre em Engenharia Civil da Max Mohr, o PUC possui muito mais resistência contra todas essas adversidades. A durabilidade do material é estimada em até 30 anos pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc). De acordo com a entidade, diversos países da América do Sul, como o Chile e a Argentina, já têm aplicado com sucesso o PUC em faixas e paradas de ônibus, além de locais com operações de carga e descarga.
“Se for preciso chegar até uma tubulação que esteja abaixo do pavimento para uma obra, é possível ‘cortar’ o PUC em blocos, já que o material já vem nesse formato, em placas de 2 metros quadrados. Então é totalmente possível retirar o pavimento se for preciso e concretar novamente. A durabilidade e qualidade são infinitamente superiores ao asfalto”, conclui Coelho.