João Monteiro – 08.08.2024 – Indústria da construção apresenta maior potencial para crescimento a longo prazo na visão de executivo da fabricante
A Votorantim Cimentos participa da Concrete Show 2024 com um objetivo diferente este ano: aumentar o relacionamento com o que chama de mercado técnico, composto por construtoras (de imóveis a infraestrutura) e concreteiras. A empresa acredita que o potencial de crescimento desse mercado é maior que o varejo com o cimento ensacado, que hoje representa em torno de 60 a 70% do total das vendas do cimento.
“A gente vê uma perspectiva muito positiva para esse segmento quando se compara com países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e Espanha, onde a gente mesmo tem operação. Você praticamente não encontra a cimento mais ensacado vendido em loja de material de construção”, diz Lucas Noritake, gerente de Marketing no segmento técnico da Votorantim Cimentos.
Para o gerente, o segmento técnico é o futuro a longo prazo, com crescimento ano após ano, e a indústria do cimento deve se desenvolver em prol dele, criando cada vez mais cimentes específicos para o mercado a granel de concreto. “Essa é uma tendência que vai continuar. E com isso, nós como fabricante de cimentos, acreditamos muito que ter produtos e soluções para o mercado técnico é bastante importante. Acho que esse é o grande objetivo de estarmos na feira este ano.”
Desempenho do cimento
Para atender a indústria da construção, a Votorantim Cimentos decidiu focar no desempenho do seu produto, oferecendo cimentos com diferentes resistências. “É resistência aos 28 dias, resistência ao primeiro dia quando o cliente precisa, você ter um tempo de pega adequado e, principalmente, uma estabilidade de produto e de fábrica bastante constante”, diz Noritake. Já no segmento imobiliário, a fabricante oferece um portfólio completo e busca trazer soluções que aumentem a qualidade do concreto e atendam necessidades específicas dos clientes.
Mercado de concreto
Ainda segundo Noritake, o mercado de concreto vem crescendo mais rápido que a empresa imagina. “Quando se olha para os números de associações como SNIC e Abrainc, a gente vê os níveis de estoques relativamente baixo em todo o Brasil. A taxa de juros ainda tá um pouco alta, mas o mercado tá consistente e o baixo o nível de estoques leva a gente acreditar que ele vai continuar crescendo.”
O próprio mercado técnico puxa essas expectativas para cima e, pelo que o gerente tem acompanhado por clientes e relatórios públicos, é de que o programa Minha Casa Minha Vida ganhou um fôlego nos últimos dois semestres, melhorando o cenário.