AXS Energia capta R$ 120 mi em debêntures para investimento em nove usinas solares

Os recursos são provenientes do Patria Infra Crédito FIDC (R$ 100 milhões) e do Fundo MLDL gerido pela Moneda (R$ 20 milhões)

Por Redação

em 23 de Agosto de 2024

A AXS Energia, empresa do grupo Roca atuante no setor de energia renovável, captou R$ 120 milhões em debêntures para a instalação e operação de nove usinas de minigeração solar nos estados do Paraná, Mato Grosso, Goiás e São Paulo. Essa é a primeira emissão de debêntures incentivadas para a geração distribuída no Brasil, estruturada sob as novas regras do Decreto 11.964/2024, devido à classificação dos projetos como prioritários.

Os recursos, provenientes do Patria Infra Crédito FIDC (R$ 100 milhões) e do Fundo MLDL gerido pela Moneda (R$ 20 milhões), financiarão o portfólio de projetos da AXS Energia. A transação entre a empresa de energia e a Patria Investimentos possui um prazo de quitação de 14 anos, com um ano de carência.

As nove novas usinas solares da provedora de energia compartilhada terão uma capacidade instalada de aproximadamente 32 megawatts-pico, com previsão de estar integralmente operacional até janeiro de 2025. A expectativa é que essas usinas gerem 51 GWh/ano. Em investimentos recentes, a empresa catarinense também recebeu um aporte de R$ 231 milhões para a construção de 14 usinas de energia distribuída nos estados do Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, com uma potência total instalada de 59,3 MW.

Debêntures vão permitir avanços em energia renovável

A AXS diz que seu projeto é uma resposta à crescente demanda por energia limpa e representa um avanço na expansão da geração de energia solar no Brasil. O objetivo da empresa é investir mais de R$ 1,8 bilhão na construção de 118 usinas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste até 2025.

Segundo a ferramenta de avaliação do setor climático Climatescope, que pertence à BloombergNEF e CCEE, o Brasil se destaca como o quinto país mais atrativo para investimentos em energias renováveis, com 93,1% de sua matriz energética proveniente dessas fontes. Esse cenário favorável é impulsionado pela Lei 12.431/2011, que concede incentivos fiscais para investimentos em infraestrutura renovável.