A falta de mão de obra qualificada na construção civil não é ruim para todos. A Trimble, por exemplo, entende que o cenário estimula a utilização de tecnologias de construção inteligente, avançando, principalmente, nas funções mais especializadas e de planejamento, como projetistas e orçamentistas.
Carlos Costa, diretor de vendas da companhia, compara que os sistemas CAD (de desenhos assistidos por computadores) foram “a tecnologia do século passado”, no que tange o projeto de obras de construção. “Ocorre que, com o passar dos anos, cada empresa, cada profissional, criou o seu próprio fluxo de trabalho, dificultando a padronização de processos”, diz.
Em suma, os avanços da construção inteligente permitem a otimização de projetos, reduzindo a dependência de mão de obra especializada.
Próximo nível do BIM da Trimble
Isto cria um cenário atual no qual as empresas e profissionais precisam entender e consolidar essas bases de informações, visando um próximo nível da construção inteligente e no qual, bingo!: a Trimble oferta soluções.
O software Tekla é a principal delas. Como um sistema de modelagem de construção (BIM, da sigla em inglês Building Information Modeling), ele permite a organização de fluxos de trabalho detalhados e atua até a fase orçamentária, com seus diferentes módulos. “Com isso, é possível otimizar as criações de modelos de construção desde a fase de projeto até a documentação básica, cronogramas, avaliação da pegada de carbono por meio de simulações energéticas e continuar acompanhando a obra conforme ela vá evoluindo”, diz Costa.
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Do ponto de vista de execução, a tecnologia permite acompanhar detalhes da concretagem, em sincronia com a mesa automatizada de concretagem, corte e dobra das armaduras de aço e outros detalhes. Já em casos de construção industrializadas em concreto, segundo o especialista da Trimble, é possível incluir até cálculos do plano de içamento dos guindastes (plano de rigging).
Direto para a nuvem
As informações são processadas e armazenadas em nuvem, o que permite o trabalho colaborativo à distância. Em outras palavras, há um módulo do Tekla (Model Sharing) no qual as equipes à distância podem trabalhar em conjunto no projeto. A interface de nuvem se chama Trimble Connect, e suporta o compartilhamento de modelos, desenhos e documentações diversas, com interface tanto para iOS quanto Android. “Em todas as reuniões de equipe, tenho meu iPad com as informações completas do projeto, incluindo dados 3D”, relatou, em informativo da Trimble, Mainus den Harder, diretor da Volker Wessel – uma empresa holandesa que utiliza a tecnologia.
Carlos Costa, por sua vez, lembra que há grande espaço no mercado brasileiro para ampliação da construção industrializada e que esse tipo de solução BIM é ideal para garantir as qualidades desses projetos, como previsibilidade de custos, fluxo e qualidade. “Os próximos avanços do Teskla vão na direção de ainda mais ofertas de serviços em nuvem e também do incremento de inteligência artificial e machine learning”, conclui.
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