O investimento em transportes chegou a R$ 39,13 bilhões em 2023, segundo o Anuário Estatístico do Setor de Transportes, publicado neste mês pelo Ministério dos Transportes. A cifra envolve investimentos privados e do governo federal.
Para Sergio Gallucci Parisi, diretor comercial e de marketing da Tópico, empresa que atua no mercado de galpões lonados e zinco, os aportes sinalizam um guia importante e positivo para o planejamento de ações a curto e médio prazos.
Segundo ele, isto envolve até o setor portuário, uma vez que as melhorias em transportes ajudam a aumentar a movimentação nos portos brasileiros.
O transporte de soja e milho com destino às instalações portuárias sinaliza a máxima. De 2022 para 2023 ele aumentou 28%, e não só por meio de rodovias, mas também por ferrovias e navegação por rios. Foram 154,8 milhões de toneladas na soma dos dois insumos.
“Somos parceiros de players de diversos segmentos, e, desde o último ano, temos sentido aumento em nossas operações, uma vez que a demanda por instalações de estruturas flexíveis em áreas portuárias ou centros de distribuição próximos às rodovias, independente do tipo de carga, tem crescido”, pontua o diretor.
Ao todo, a Tópico possui mais de 2,5 milhões de m² instalados que atendem diferentes tipos de negócios em setores econômicos estratégicos, do agronegócio a indústrias.
Investimento em transporte privilegiou rodovias
O investimento público do Governo Federal cresceu 80% em 2023 e se tornou recorde nos últimos dez anos com R$ 13,74 bilhões. O investimento privado no setor de transportes também cresceu, chegando a R$25,39 bilhões: uma alta de 57,7% em relação ao ano anterior.
Praticamente todo o investimento público foi realizado em rodovias: R$ 12,78 bilhões. O setor aeroportuário recebeu R$ 630 milhões, enquanto o aquaviário, R$ 170 milhões. As ferrovias receberam R$ 160 milhões.
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No setor privado, os investimentos foram melhor divididos. Rodovias e ferrovias receberam R$ 7,22 bilhões e R$ 7,09 bilhões, respectivamente, enquanto os aeroportos ficaram com R$ 2,70 bilhões. O setor aquaviário liderou, com R$ 8,38 bilhões.