As obras para a construção da linha 2 do Metrô BH, que atende a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) já iniciaram. O novo traçado, que vai interligar a atual linha 1 até o Barreiro, terá 10,5 quilômetros e vai contar com sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro. Serão mais de R$ 3 bilhões em investimentos e a expectativa é de que as estações sejam concluídas por etapas, de acordo com cronograma previamente estabelecido, começando por Nova Suíça e Amazonas, que devem ficar prontas em 2026.
O projeto é resultado de um contrato firmado pelo governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), e a concessionária Metrô BH. A operação comercial da linha 2, em pleno funcionamento, está prevista para 2028, e deverá transportar 56 mil pessoas por dia.
Outras ações para transporte metroviário
Paralelamente às obras da linha 2, a concessionária Metrô BH continuará realizando as melhorias na linha 1, como, por exemplo, as reformas das 19 estações e a conclusão da expansão até Novo Eldorado, em Contagem, ambas previstas para serem entregues até 2026.
O governo de Minas anunciou, ainda em maio, a compra de 24 novos trens pela concessionária Metrô BH. As novas composições serão fabricadas pela empresa chinesa Changchun Railway Vehicles, subsidiária líder da maior fabricante de material rodante do mundo, CRRC Corporation Limited.
A empresa já iniciou o projeto de fabricação e a expectativa é a de que o primeiro trem chegue ao Brasil e entre em operação no primeiro semestre de 2026. As novas composições, tão logo entregues, vão operar tanto na linha 1 como na linha 2 do metrô.
Os 24 novos trens possuirão, cada um, quatro carros, e serão equipados com Operação Automática do Trem (OTA, na sigla em inglês), sistema que possibilita mais regularidade, conforto e suavidade nas viagens, além de economia no consumo de energia.
Atualmente, a frota é composta por 35 trens, sendo 25 da série 900, da década de 1980, e dez trens da série 1000, que começaram a operar em 2015 e já possuem ar-condicionado e sistemas modernos.
Concessão
A concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte completou, em março, um ano de operação. O contrato terá duração de 30 anos, com a estimativa de que sejam investidos R$ 3,7 bilhões para melhorias e ampliações ao longo do período.
Desse total, R$ 2,8 bilhões são aportes do Governo Federal e cerca de R$ 440 milhões são provenientes do Termo de Reparação assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) com a Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. A tragédia tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais em Minas Gerais.
Entre as iniciativas da concessionária, destacam-se a disponibilidade gratuita de Wi-Fi nos trens e estações, além de ser possível acompanhar a previsão de chegada dos trens nos 96 painéis de LED espalhados pelas 19 estações do sistema. A Metrô BH também eliminou os tickets físicos na catraca e hoje a validação da passagem pode ser feita por aproximação, diretamente nas catracas, utilizando cartões de crédito ou débito, ou ainda por carteiras digitais de smartwatches, celulares ou tablets.
*Com informações da Seinfra-MG.