A V.tal apresentou sua proposta para aquisição da unidade de clientes de fibra da Oi – a ClientCo – na última quarta-feira (25/9). Como única proposta, a operadora de rede neutra ofereceu o pagamento total de R$ 5,68 bilhões, dos quais R$ 4,99 bilhões serão pagos em ações de emissão da V.tal; R$ 375 milhões a partir de créditos extraconcursais detidos pela V.tal contra a Oi; e R$ 308 milhões em dação à Oi de debêntures – dação é um pagamento a partir de um acordo convencionado entre credor e devedor, onde o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
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Essa foi a segunda rodada de venda da ClientCo e não contou com outros concorrentes. Agora, os credores terão 10 dias para avaliar a proposta recebida. A operação ainda precisará ser aprovada Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A data de fechamento da operação estendida por deliberação dos credores da Oi é 31 de dezembro de 2024.
A ClientCo tem hoje uma carteira de 4,3 milhões de clientes de fibra em 296 cidades. No segundo trimestre deste ano, a operação registrou uma receita de R$ 1,094 bilhão. O leilão foi realizado pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio.
A Oi vai acabar?
A rede da Oi já era um ativo da V.tal há algum tempo, após aquisição pelo BTG Pactual (controlador da V.tal) por R$ 12 bilhões. Agora, a operadora neutra quer adquirir os clientes da Oi e entrar de vez no mercado B2C. Se a aquisição for concretizada, a V.tal se tornaria o maior provedor de Internet do Brasil.
No entanto, o plano da companhia é de que a operação da Oi se mantenha apartada do negócio de rede neutra, contando com administração e governança independentes.