A John Deere reforçou a confiança no mercado brasileiro de linha amarela com o anúncio da fabricação do modelo de pá-carregadeira 524 P na fábrica de Indaiatuba, interior de São Paulo. A máquina é a materialização da visão que a fabricante tem para o Brasil, onde acredita haver uma demanda por equipamentos mais confortáveis e com foco na produtividade, justamente o apelo comercial da linha P.
Segundo a nova estratégia para equipamentos de construção e florestal da John Deere, o portfólio da empresa está dividido em três categorias:
- G: máquinas de entrada com foco na economia de combustível e versatilidade de implementos, com preço de aquisição mais baixo.
- P: equipamentos mais confortáveis e focados em aumentar a produtividade, contando com mais recursos que facilitam o dia a dia do operador.
- X: equipamentos elétricos e híbridos, que contam com maior tecnologia e buscam aproveitar um nicho de mercado.
Segundo Thomas Spana, gerente de Marketing da divisão de Construção da John Deere para a América Latina, a questão do gasto de combustível foi – e ainda é – uma das principais preocupações dos clientes, já que ele representa um custo de 30% no opex de máquinas. No entanto, o mercado brasileiro já se mostra maduro o suficiente para enxergar valor na produtividade de sua operação. “A demanda por esse tipo de equipamento cresceu”, garante.
John Deere otimista com vendas da linha amarela
O equipamento também chega em um momento de otimismo para o setor. Mesmo que números da ABIMAQ apontem que o mercado de linha amarela se mantenha na faixa das 27,4 mil máquinas vendidas no ano, número similar ao de 2023, isso mostra uma estabilidade necessária para se ter um setor sustentável, explica Maurício Pereira, gerente de Vendas da John Deere para América do Sul.
O executivo ainda lembra que a América Latina ainda é muito carente de infraestrutura, o que deve manter a constância na demanda por equipamentos. A expectativa é de que a região tenha um potencial de US$ 13 bilhões em vendas de equipamentos, segundo ele.
Já a demanda por equipamentos elétricos não é pujante no Brasil, como esclarece Spana. A fabricação de equipamentos da linha X no País não é uma coisa que a marca pensa para agora e até mesmo a importação não é considerada viável diante do custo.
Carregadeira 524 P
Projetada para atender a aplicações de construção, mineração e agricultura, entre outros setores, a carregadeira 524 P apresenta recursos que trazem maior conforto ao operador, como assento ergonômico com suspensão pneumática e coluna de direção ajustável em dois pontos. Para facilitar a operação, a fabricante adotou a transmissão Powershift que traz sistema de dupla embreagem (DCT) automática.
Ainda pra facilitar a operação, o equipamento conta com balança opcional de fábrica com 99% de acurácia e permite que os operadores monitorem a carga em tempo real, que pesa o produto sem precisar erguer a alavanca em sua totalidade, agilizando a operação. A caçamba ainda foi adaptada para o Brasil, trazendo um design que permite acomodar mais carga e protege o eixo da poeira.
A John Deere ainda destaca o sistema de refrigeração em formato de caixa QuadCool, que melhora a circulação
de ar, aumentando o desempenho térmico e facilitando a manutenção dos radiadores graças a disposição deles no equipamento. Por fim, a empresa oferece um sistema de calibragem guiada de equipamento, que facilita a manutenção da máquina pelo operador.
Além da 524 P, a John Deere também vai fabricar a pá-carregadeira 644 P em Indaiatuba, que é a preferida no Peru e no México, atendendo às demandas de construção e suporte à mineração. Paraguai e Argentina também se beneficiarão do modelo 644 P para agricultura e construção. As novas pás-carregadeiras estarão disponíveis no Brasil a partir de novembro e em toda a América Latina até janeiro de 2025.