Leilão de Energia Existente gerou R$ 6 bi em comercialização

Leilão de Energia Existente negociou cerca de 2.130 megawatts médios para atender a demanda das distribuidoras no mercado regulado nas regiões Sul, Norte e Nordeste

Por Redação

em 9 de Dezembro de 2024

Os Leilões de Energia Existente (LEE) organizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (6/12) negociaram aproximadamente 2.130,3 MW médios, volume quase três vezes maior do que os certames realizados ao final de 2023. A ampla competitividade das operações vai gerar para os consumidores brasileiros uma economia de mais de R$ 1,15 bilhão. No total, o montante financeiro comercializado foi de R$ 6,04 bilhão.

O LEE A-1, com início do suprimento para 1º de janeiro de 2025, movimentou R$ 4,6 bilhões para contratação de 1.621 megawatts médios. O deságio registrado foi de 18,88%, o que permitiu uma economia de R$ 1,072 bilhão em relação ao preço inicial.

Já o LEE A-2, que prevê o fornecimento da energia a partir de 1º de janeiro de 2026, somou R$ 1,4 bilhão em transações para a aquisição de 508,8 megawatts médios. A negociação teve deságio médio de 5,26% e promoveu uma economia de R$ 79,7 milhões na comparação com o preço teto. O leilão A-3 não teve declaração de demanda por parte de distribuidoras.

A-1 A-2
Energia Contratada 1621,5 MW médios 508,8 MW médios
Preço Médio R$ 162,24/MWh R$ 161,06/MWh
Deságio 18,88% 5,26%
Montante R$ 4,6 bilhões R$ 1,4 bilhão
Economia R$ 1,1 bilhão R$ 79,7 milhões

Leilão de Energia Existente foi um sucesso, na visão da CCEE

Para a CCEE, os resultados demonstram que os leilões foram bem-sucedidos e a entidade entende que irão trazer eficiência para a contratação de energia no setor e economia para os consumidores brasileiros. A CCEE pontuou que o processo foi competitivo simples, eficiente e seguro, trazendo o interesse de vendedores e compradores, mesmo que o leilão do A-3 não tenha trazido nenhuma demanda.

Já para a Aneel, só a realização dos leilões demonstra o avanço do setor elétrico brasileiro desde o primeiro leilão de energia existente realizado pela Agência e pela CCEE em 2004. Segundo a agência, naquela época, buscava-se diversificar a matriz, que já era renovável, com 76% de participação de hidrelétricas. Hoje as fontes solar e eólica, que na época eram inexistentes, respondem por 33% da matriz.

*Com informações da CCEE e da Aneel.